Leila Coimbra, da Agência iNFRA
A Auren, controlada pela Votorantim e o fundo canadense CPPIB, fechou a compra da AES Brasil. As companhias anunciaram a operação na noite desta quarta-feira (15). Juntas, formam a terceira maior geradora de energia do Brasil, com 8,8 GW (gigawatts) de capacidade instalada, atrás apenas da Eletrobras e da Engie.
A nova companhia já surge como a maior comercializadora do país, com 4,1 GW médios de energia comercializada e portfólio de mais de 1,5 mil clientes, segundo apresentação feita a analistas e agentes de mercado. A duração média dos contratos no ambiente livre é de 3,8 anos.
A receita da Auren saltará para R$ 9,6 bilhões com a aquisição, um aumento de 55% sobre o faturamento atual.
Geração 100% renovável
A capacidade total de geração, de 8,8 GW, é completamente renovável: 54% correspondem a produção de hidrelétricas; 36% provenientes de parques eólicos; e os 10% restantes de geração solar.
Desenho da transação
A reorganização resultará na conversão da AES Brasil em subsidiária integral da Auren, como única companhia listada no Novo Mercado da B3
No acordo, os acionistas da AES Brasil poderão escolher se receberão tudo em ações da Auren, só pagamento em dinheiro (R$ 11,55 por papel) ou uma combinação dos dois.
Segundo as empresas, a captura de sinergias corporativas com a fusão soma mais de R$ 120 milhões/ano. São previstas otimizações em despesas de serviços e sistemas em todas as áreas, afirmaram.
A combinação dos negócios propicia ainda uma aceleração da utilização de créditos fiscais da Cesp (nome anterior da Auren) da ordem de R$ 800 milhões, reduzindo a carga tributária, disseram.