Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
O presidente da BHP Brasil, Emir Calluf, afirmou nesta quarta-feira (22) que a mineradora tem como estratégia retomar projetos no Brasil e se destacar nos chamados “minerais do futuro”.
“Nossa estratégia é destravar valor no Brasil para a BHP e, junto com isso, incentivar todo setor mineral. Acho que a gente precisa mudar um pouco o jogo, ser um player global relevante nesse cenário”, afirmou Calluf, na abertura do evento Invest Mining Summit 2025.
No mercado nacional, o executivo afirmou que a mineradora obteve dois avanços importantes: o acordo de reparação e compensação pelo rompimento da barragem de Mariana (MG), firmado com o governo federal, e o retorno da operar da Samarco, joint venture constituída com a Vale e responsável pela empreendimento afetado pelo incidente na cidade mineira.
Sobre o que chamou de “minerais do futuro”, o presidente da BHP Brasil se referia a cobre, minério de ferro e potássio. “Acho que a gente vai ter que estar preparado com investimentos pesados, não só na infraestrutura energética, mas nos minerais que suportam essa estrutura energética”, afirmou.
Para Calluf, responder às demandas da transição energética “não é uma tarefa simples”. “A gente sabe que os teores das novas descobertas e das minas, ao redor do mundo, estão cada vez menores, e falando especialmente do cobre que é o minério da eletrificação”, destacou.
Ele considera que é “cada vez mais desafiador” encontrar novas reservas e aquelas existentes estão com os teores diminuindo. A BHP, disse ele, estima que a demanda global de cobre vai dobrar até 2050. Situações de “escassez de água”, que se tornam frequentes, também foram citadas por Calluf como desafio para o setor de mineração.
