da Agência iNFRA
A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia) realizou, na terça-feira (9), a primeira liquidação financeira do MCP (Mercado de Curto Prazo) após a adoção do mecanismo concorrencial para mitigar os efeitos da judicialização do risco hidrológico, o GSF. A operação, referente a julho de 2025, movimentou R$ 2,54 bilhões, equivalente a 87,4% do total contabilizado para o mês (R$ 2,91 bilhões).
Com o novo modelo, os valores bloqueados por decisões judiciais caíram 72%, passando de R$ 1,09 bilhão em junho para R$ 310,46 milhões em julho, o menor nível desde 2015. A inadimplência efetiva somou R$ 57,09 milhões. A liquidez ampliou a recuperação de créditos. Agentes que haviam recebido 57,5% dos valores em junho passaram a receber 84,7% em julho. Entre os que não tinham liminares, a proporção saltou de 53,3% para 84,5%.
O presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos, afirmou que a medida coloca o setor próximo de uma solução definitiva para os impactos do GSF, que há mais de uma década geravam incertezas. “A partir desta liquidação financeira, alcançaremos novos patamares de segurança, confiança e robustez no mercado brasileiro de energia, fruto de um mecanismo concorrencial operado com maestria pela CCEE e habilmente regulado pelo Ministério de Minas e Energia”, completou.
A liquidação de julho também zerou os pagamentos parcelados desde a repactuação do GSF em 2020, quando hidrelétricas negociaram a extensão de outorgas em troca da desistência de ações judiciais.








