Elisa Costa, da Agência iNFRA
Os projetos de dragagem nos rios Amazonas e Solimões contarão com investimentos na ordem de R$ 505 milhões, para serem aplicados ao longo de cinco anos, conforme os editais assinados pelo governo federal na última quarta-feira (19). A medida visa reduzir os impactos da seca, que tem afetado a navegabilidade e o abastecimento da região Norte.
Os editais de contratação dos serviços foram assinados pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e pelo diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) Erick Moura. A expectativa é que no mês que vem as propostas das empresas sejam abertas e que em agosto ocorra a contratação dos serviços.
“Esse ato dialoga com a previsibilidade, porque não é uma ação somente para este ano. Serão cinco anos de execução dos investimentos. O presidente Lula nos orientou para que pudéssemos avançar nisso e agora temos o maior volume de dragagem da história do Amazonas”, destacou o ministro de Portos e Aeroportos na cerimônia de assinatura dos editais.
Segundo o governador do Amazonas, Wilson Lima, a estiagem na região deve chegar 30 dias antes do esperado neste ano, por isso, a ajuda do governo federal é “imprescindível”. No ano passado, houve uma grave estiagem que causou assoreamento em vários pontos dos rios da região, reduzindo a capacidade de transporte de mercadorias e ameaçando até mesmo o abastecimento de algumas regiões.
A ideia agora é se antecipar à seca e, com a dragagem, permitir a navegação por um período maior de tempo. Para recuperar a capacidade dos rios, a dragagem será feita em quatro trechos: Manaus-Itacoatiara; Coari-Codajás; Benjamin Constant-Tabatinga; e Benjamin-São Paulo de Olivença. Outros projetos estão em avaliação para também contar com dragagem neste ano.
De acordo com Erick Moura, diretor do DNIT, os editais também contam com a previsão de obras de sinalização, monitoramento ambiental e estudos dos rios, como forma de acompanhamento das atividades. “A dinâmica desse modelo de contratação é que possamos estar ativos esse tempo todo, por cinco anos”, destacou Moura.