15/10/2025 | 09h11  •  Atualização: 16/10/2025 | 07h57

Eletrobras vende participação na Eletronuclear para a J&F

Foto: Eletronuclear

Geraldo Campos Jr., da Agência iNFRA

A Eletrobras informou, em fato relevante nesta quarta-feira (15), a venda integral de sua participação na Eletronuclear para Âmbar Energia, do Grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, pelo valor de R$ 535 milhões. O acordo envolve ainda a assunção pela J&F das garantias de empréstimos prestadas pela Eletrobras e a obrigação de integralização das debêntures para a Eletronuclear previstas no acordo celebrado entre a companhia e a União, no valor de R$ 2,4 bilhões.

A venda foi assinada na terça-feira (14), segundo o comunicado, e refere-se a participação de 68% do capital total e de 35,3% do capital votante da Eletronuclear antes detida pela Eletrobras. A União, que não faz parte da transação, continuará controlando a Eletronuclear por meio da ENBPar (Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional), que detém 64,7% do capital votante e cerca de 32% do capital total. O negócio está sujeito à aprovação dos órgãos reguladores.

A Eletronuclear opera as usinas Angra 1, com potência instalada de 640 MW (megawatts); Angra 2, com 1.350 MW; e o projeto em desenvolvimento de Angra 3, de 1.405 MW. Com o acordo, a J&F será parceira da União na conclusão da terceira usina, caso o governo decida por dar andamento ao empreendimento.

Segundo a Eletrobras, a operação permitirá a plena liberação da empresa “das responsabilidades remanescentes com sua coligada, melhorando o perfil de risco e permitindo liberar capital alocável da companhia”. O fato relevante diz ainda que a “transação representa um marco importante para a Eletrobras e reforça o compromisso de otimização de seu portfólio”.

Em nota, a Âmbar afirmou que a aquisição vai diversificar ainda mais o seu portfólio de geração de energia. “A energia nuclear combina estabilidade, previsibilidade e baixas emissões, características fundamentais em um momento de descarbonização e de crescente demanda por eletricidade impulsionada pela inteligência artificial e pela digitalização da economia”, afirmou Marcelo Zanatta, presidente da Âmbar.

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