Agência iNFRA
A Eletronuclear divulgou nota na quarta-feira (5) em que afirma que o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) concluiu a atualização dos estudos de modelagem econômico-financeira para a conclusão da usina nuclear de Angra 3, apontando que o término das obras será mais econômico que o seu abandono. Os dados foram enviados ao MME (Ministério de Minas e Energia) na terça-feira (4), afirmou.
De acordo com a estatal nuclear, o estudo aponta um custo de R$ 23,9 bilhões para a conclusão da usina, ao passo que as despesas de abandono podem chegar a R$ 26 bilhões. O CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) deve deliberar sobre o tema em reunião a ser realizada ainda em 2025, segundo a Eletronuclear.
“O documento do BNDES também aponta que eventuais ganhos financeiros, como deságio na contratação do EPCista, melhores condições de crédito nas emissões de dívida e incentivos tributários em discussão no Congresso Nacional — como o Renuclear — poderão contribuir para reduzir os custos finais do empreendimento”, diz a nota.
A conclusão da usina de Angra 3 foi tema de três reuniões do CNPE. Na última, o conselho determinou a atualização dos estudos pelo BNDES. Por conta do atraso na deliberação, o banco de desenvolvimento aponta um acréscimo de R$ 75 por MWh (megawatt-hora) sobre a tarifa média da energia a ser gerada pela usina, que varia entre R$ 778 e R$ 817 por MWh.
Em outubro, a Axia Energia (antiga Eletrobras) vendeu sua participação na Eletronuclear para Âmbar Energia, do Grupo J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, pelo valor de R$ 535 milhões. O acordo estabelece que a companhia assumirá garantias de empréstimos, antes prestadas pela Axia.
