Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro) emitiu nota em favor de emendas parlamentares que incluem o gás natural como fonte firme para a geração de energia elétrica a datacenters no Redata (Regime Especial de Tributação para Serviços de Datacenter), a MP 1.318/2025.
Esses dispositivos permitiriam o uso do gás como forma de garantir a geração de energia elétrica em períodos de não geração de energias renováveis, como nos períodos da noite em substituição à energia fotovoltaica.
Segundo a federação, o texto vai na direção correta ao oferecer ambiente propício à atração de investimentos, mas não deveria limitar o fornecimento de energia para esses empreendimentos a fontes “limpas ou renováveis”. Para a Firjan, a transição energética é uma “jornada de evolução no sentido de adicionar capacidade de geração, ao mesmo tempo em que são trabalhadas frentes para aumento da eficiência e redução de emissões”.
“O acesso a fontes firmes de energia se torna imprescindível para a operação contínua dos datacenters. Essa ação não pode depender apenas das renováveis para sua geração, dadas as intermitências inerentes a cada uma destas fontes e o elevado custo de sistemas de armazenamento de energia para mitigação deste efeito”, escreve a entidade em nota. “Essas infraestruturas digitais precisam de previsibilidade e estabilidade de energia para evitar falhas e perdas reais em seus componentes”, continua.
A Firjan destaca, ainda, que o gás natural é combustível essencial para transição energética e pode ser associado a tecnologias de captura de carbono (CCS e CCUS) para um melhor resultado de redução de emissões na comparação com outras fontes.
“O gás natural atualmente é considerado uma fonte de baixo carbono até mesmo pela União Europeia, que passou a defender o seu uso para a produção de hidrogênio de baixo carbono – com impactos que podem ser ainda mais mitigados por tecnologias de CCS ou CCUS”, completa a Firjan.








