da Agência iNFRA
O ministro da Justiça, Flávio Dino, defendeu que a GLO (Garantia da Lei e da Ordem) decretada em outubro para autorizar as Forças Armadas a atuarem em portos e aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo deve ser ampliada para todas as unidades aeroportuárias do país em 2024.
A posição foi defendida na palestra que ele realizou na última quarta-feira (22) de abertura do 7º Fórum CNT de Debates, que está tratando do tema segurança pública e atividade transportadora. Segundo ele, a GLO que permitiu o uso das Forças Armadas nos portos e aeroportos do Rio de Janeiro e de São Paulo, decretada em outubro, vem dando bons resultados e foi a decisão “mais acertada que eu tive na vida”, disse.
Segundo ele, se os resultados se mantiverem positivos como estão sendo no primeiro mês, ele defenderá no governo que todos os portos e aeroportos do país possam contar com a ação das Forças Armadas em 2024. Ele defende como necessário o uso dos militares pela necessidade de mais pessoal no patrulhamento dessas áreas, sem aumento de custos para o Estado.
Ele afirmou que está utilizando-se de 4 mil profissionais, o que corresponde a um terço do efetivo da Polícia Federal, sem adicionar novos custos ao governo, num momento de restrição fiscal. Dino afirmou ainda que tem boa relação com o Ministério da Defesa e o comando das Forças e essa ampliação será discutida com eles.
De acordo com dados da CNT (Confederação Nacional do Transporte) apresentados no seminário, o roubo de cargas em rodovias dá prejuízo anual de R$ 1,2 bilhão por ano ao país e se tornou o segundo maior motivo de preocupação das empresas do setor, de acordo com pesquisa da entidade sobre os riscos para o transportador.
Entre as empresas de transporte rodoviário urbano de passageiros, no último ano, 59,2% foram vítimas de assalto, 40,2% sofreram depredação e 20,1% tiveram veículos incendiados.
