iNFRADebate: Moradias econômicas e o resgate da humanidade

Cecilia Cavazani*

Não é de hoje que afirmo que as moradias econômicas e os programas de habitação de interesse social são fundamentais para preencher vazios institucionais das cidades. Estes imóveis, mais do que realizar o sonho da casa própria de muitas famílias, permitem o amplo desenvolvimento da área em que são instalados e os impactos positivos são observados por todos. Podemos listar o fornecimento de saneamento básico e, consequentemente, mais saúde para as famílias, energia elétrica, lazer para crianças e a redução de danos ambientais causados por ocupações irregulares, por exemplo. Parece simples, mas para muitas pessoas a possibilidade de ter uma moradia econômica transforma suas vidas.

A pesquisa “O resgate da humanidade, impactos positivos dos programas de habitação de interesse social” lançada pela Abrainc  (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) traz dados que reforçam este preenchimento.

Com 2.843 entrevistados, o perfil e interesses das famílias por imóveis do MCMV (programa Minha Casa Minha Vida) foram evidenciados.

Para se ter uma ideia, ao listarem fatores importantes na decisão da compra, a maioria (91%) dos participantes alegou buscar por mais segurança, seguido por proximidade a escolas (80%), residência mais moderna (76%) e proximidade com serviços e comércios (76%).

Não é demais falar que uma das grandes contribuições das moradias de interesse social em condomínios, por exemplo, é o aumento da segurança – tão buscada pela população, inclusive.

Os conjuntos residenciais possuem portarias eletrônicas ou serviços de porteiros , com controle de acesso, que garantem mais tranquilidade aos moradores.

Na pesquisa, 70% dos entrevistados indicaram como um dos fatores para decisão de compra ter opções de lazer. O que também tem sido previsto nos empreendimentos voltados para o MCMV, seja uma pequena área de lazer para moradores receberem convidados ou outros itens como piscina, quadras esportivas e área kids em condomínios clube.

A realização de empreendimentos de moradias econômicas faz com que o poder público mude a realidade de toda a região, além das contrapartidas necessárias promovidas pelas construtoras. Com a instalação de toda a infraestrutura e serviços necessários para a vida daquelas famílias – isso inclui a construção de escolas, unidades de saúde, áreas de lazer e segurança.

Importante mostrar que a maioria das pessoas que buscam por moradias econômicas faz parte da população mais jovem, que está à procura de seu primeiro imóvel, muitas vezes recém-casados ou prestes a dar início a família.

O levantamento da Abrainc indicou que 40% dos compradores de imóveis do MCMV é de pessoas com 20 a 30 anos, que possuem o Ensino Médio completo e são casados ou em união estável. De todos os participantes, a maior fatia retrata que adquirir imóveis em programas de interesse social traz orgulho, qualidade de vida, perspectiva de um futuro melhor e sensação de pertencer ao bairro em que reside. Ou seja, nunca é demais falar que a construção de moradia de interesse social é um negócio próspero para todas as pontas. Além disso, diminui a precariedade ou déficit de moradia nos munícipios e ainda auxilia na economia, com a geração de empregos.

*Cecília Cavazani é Co-CEO da Construtora Cavazani e integra o Amazonita Clube, núcleo estratégico que reúne mulheres C-level do mercado da construção.
As opiniões dos autores não refletem necessariamente o pensamento da Agência iNFRA, sendo de total responsabilidade do autor as informações, juízos de valor e conceitos descritos no texto.

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