da Agência iNFRA
O governo federal recebeu a proposta da Infraero para a abertura de seu capital até o fim do ano. A tentativa do presidente da empresa, Antonio Claret, era fazer a privatização da companhia, com a venda da maioria das ações hoje em poder do governo para a iniciativa privada.
Mas o governo trabalha com um horizonte de mais longo prazo para esse tipo de parceria. A ideia é fazer uma venda de parte das ações da companhia para outra empresa do setor, com o controle mantido pelo estado. O modelo segue o que foi feito com a estatal espanhola de aeroportos Aena, que, primeiramente, abriu parte de seu capital.
As estimativas dentro do governo são de que a parceria poderia render mais de R$ 10 bilhões para investimentos na empresa. A Infraero passou por um processo interno de mudança que fez com que, em 2017, ela tivesse lucro operacional de pouco mais de R$ 500 milhões. No entanto, o tesouro ainda teve que aportar R$ 2 bilhões na empresa para a realização de investimentos e para cobrir prejuízo das parecerias que a companhia tem com as concessões de aeroportos de 2012/2014.
Além disso, a companhia ainda sofre com o inchaço de pessoal, já que ainda não conseguiu reduzir o quadro nas quantidades necessárias para sua sustentabilidade após as concessões.
A tentativa da empresa é sair da dependência de recursos do tesouro. Apesar do projeto estar apresentado, a ideia no Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil é deixar a companhia preparada para que o próximo governo tenha condições de tomar a decisão sobre a melhor maneira da companhia seguir.