16/07/2025 | 11h14  •  Atualização: 16/07/2025 | 12h13

Modelo de aversão ao risco no setor elétrico pode adicionar até R$ 9,1 bi de custo ao consumidor em 2026, diz Abraceel

Foto: Domínio Público

da Agência iNFRA

O modelo de aversão ao risco adotado na operação do sistema elétrico brasileiro pode gerar um custo adicional de até R$ 9,1 bilhões aos consumidores de energia em 2026, segundo estimativa da Abraceel (Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia). O impacto é associado aos parâmetros atuais de aversão ao risco adotados na operação do sistema, que priorizam o uso de térmicas e a preservação dos reservatórios.

O CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico) tem até 31 de julho para decidir se mantém ou altera os parâmetros técnicos que orientam o uso das térmicas. Estão em discussão duas ferramentas: a CRef, que define o nível mínimo desejado de água nos reservatórios, e o CVaR, índice que mede o quanto o sistema aceita correr riscos hidrológicos.

Em nota, a Abraceel defendeu que a combinação nos modelos sugerida na nota técnica emitida pelo ONS e CCEE, de CRef de 90% e par CVaR 15,40, pode resultar em custos totais entre R$ 8,1 bilhões e R$ 59,3 bilhões, dependendo das condições de chuva.

Já a adoção de um par mais eficiente (15,30), considerando o critério anterior da CRef de 85%, poderia reduzir os custos em até R$ 9,1 bilhões e oferecer um equilíbrio melhor entre segurança energética e preço.

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