da Agência iNFRA
Lançado com apoio da Abradee (Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica), da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores de Energia), e da Frente Nacional dos Consumidores de Energia, o Movimento Energia Justa emitiu alerta sobre os impactos da atual política de subsídios à GD (geração distribuída), especialmente a solar fotovoltaica, sobre a conta de luz.
De acordo com dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), em 2024 os subsídios à GD custaram R$ 24,6 bilhões, valor rateado entre 68 milhões de consumidores em benefício de 6,6 milhões de unidades com geração própria. O Movimento afirma que, se mantido o modelo, a transferência pode chegar a R$ 55 bilhões até 2031.
A nota traz ainda estudos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), UFU (Universidade Federal de Uberlândia) e EPE (Empresa de Pesquisa Energética), que apontam “efeitos técnicos negativos” da expansão da GD, entre eles, problemas de tensão, sobrecarga na rede e necessidade de cortes (curtailment) na produção centralizada de renováveis. O texto cita como exemplo a redução, em 2024, de 4.600 MW (megawatts) de energia solar e eólica que deixaram de ser escoados.
Para o presidente da Abradee, Marcos Madureira, é preciso buscar equilíbrio. “Defendemos as energias renováveis e sua expansão, mas não podemos ignorar que o modelo atual transfere custos para a maioria dos brasileiros. O Movimento Energia Justa busca garantir que a conta de luz reflita equilíbrio, sem onerar aqueles que não têm acesso à geração própria”.








