Novo centro de pesquisa para produção de hidrogênio verde em São Paulo recebe R$ 32 milhões de investimentos

da Agência iNFRA

Uma unidade para desenvolver processos de produção, armazenamento, transporte, distribuição e uso de hidrogênio verde está recebendo um investimento de R$ 32 milhões. Trata-se do CCD-ERCF (Centro de Ciências para o Desenvolvimento de Energias Renováveis e Combustíveis do Futuro), que ficará nas instalações do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), do governo de São Paulo. 

O novo centro pretende desenvolver a produção e o uso do hidrogênio de baixo carbono, chamado de hidrogênio verde, fonte de energia com potencial de descarbonizar a economia e reduzir as emissões dos gases de efeito estufa.  

Os recursos serão aportados por diferentes órgãos do estado, sendo R$ 9 milhões da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); R$ 11 milhões do IPT e da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística; e mais R$ 12 milhões de recursos financeiros da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação.

O centro foi definido pela Secretaria de Meio Ambiente como estratégico junto à Fapesp porque avaliará diferentes aspectos da produção, armazenamento, transporte, distribuição, uso e regulamentação do produto. Há pesquisas para uso em geração de eletricidade, em processos industriais e no transporte. Para a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística de São Paulo, Natália Resende, o estado está na vanguarda da transição energética. 

“Estamos buscando parcerias, garantindo todos os estímulos e investindo para acelerar a descarbonização em nosso estado. Na logística, por exemplo, estamos investindo quase R$ 300 milhões nas obras de ampliação da capacidade de escoamento da Hidrovia Tietê-Paraná”, informou a secretária. 

Segundo ela, outro exemplo de direcionamento para a descarbonização é o sistema de Travessias Litorâneas. A nova parceria público-privada, que está em fase de modelagem, exigirá que as embarcações sejam substituídas por versões sustentáveis, dentro de um período de transição.

Estratégia de descarbonização
O desenvolvimento do hidrogênio verde se junta a outra estratégia de descarbonização do estado, que é a produção de biometano. Estudo desenvolvido pelo Governo de São Paulo com a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) detectou um grande potencial para a cadeia do biometano no estado, de acordo com a secretaria. Além da descarbonização, o setor poderia gerar mais de 20 mil empregos.

A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) apresentou procedimentos específicos de licenciamento ambiental das plantas de produção de biocombustíveis no Estado de São Paulo a partir da cana-de-açúcar e de resíduos sólidos. 

Neste mês, foi inaugurada uma usina de biometano em Caieiras, na Região Metropolitana de São Paulo. A planta, com capacidade instalada para produção de aproximadamente 70 mil metros cúbicos/dia do biocombustível, processará o biogás de um dos aterros sanitários da região. 

A unidade evitará a emissão de cerca de 300 mil toneladas de CO₂ equivalente por ano. Segundo a secretaria de Meio Ambiente, em dezembro, em Cubatão, será celebrado pela Yara o início da produção de amônia renovável, utilizando biometano.

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