da Agência iNFRA
O estudo sobre o desenvolvimento de novos gasodutos no país aponta que o “desgargalamento” do sistema como estratégia para melhorar o aproveitamento da oferta nacional pode gerar um efeito indireto de aumento da produção e criação de empregos em várias cadeias produtivas. Somente em empregos, a estimativa seria de quase 40 mil novos postos.
Os impactos positivos seriam sentidos no Sul e no Sudeste, em função da conexão da NTS com o Gasbol (Gasoduto Bolívia-Brasil), uma vez que os novos investimentos implicaram na construção de 300 quilômetros de dutos e quatro estações de compressão, com foco em ampliar o transporte de gás natural para as regiões mais industrializadas do país que enfrentam dificuldades no fornecimento de gás, oriundos do Campo de Mexilhão, na Bacia de Santos.
“Precisamos de soluções logísticas para mitigar ameaças de segurança de queda de suprimento, auxiliando na maximização das reservas naturais do Brasil. Ainda mais num momento em que podemos utilizar mais da oferta nacional”, ressalta o diretor comercial regulatório da NTS, Helder Ferraz, durante a apresentação do estudo no evento realizado em 23 de novembro, em Brasília, e transmitido ao vivo pela Agência iNFRA, que pode ser visto neste link.
Os novos investimentos para a melhoria do serviço no Corredor Pré-Sal Sul, no entanto, precisam ser acelerados para que possam estar casados com o início da produção desses campos. “Essa infraestrutura tem prazo para ser desenvolvida. A instituição de regras transitórias específicas também se faz necessária”, alerta Erick Portela, CEO da NTS.
Retornos em 3 anos
A NTS é responsável pelo transporte de 50% do gás que circula no Brasil e foi a primeira transportadora em 10 anos a efetuar ampliações na malha. De acordo com o diretor comercial regulatório da empresa, Helder Ferraz, os retornos seriam sentidos em até três anos a partir dos primeiros investimentos, caso houvesse certeza sobre a aplicação dos recursos, ainda mais num contexto de oferta de ampliação do fornecimento de gás natural.
“A legislação existe, mas não vemos a sua execução. De toda forma, a regulamentação existe, mas precisa ser modernizada para atender à nova realidade do mercado, com a participação do setor privado”, avalia Ferraz.