Petrobras cobra data ao Ibama para avaliação pré-operacional na Margem Equatorial

Lais Carregosa e Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA

A Petrobras enviou na última segunda-feira (12) uma carta ao presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, cobrando que o instituto marque, até a próxima quinta-feira (15), uma data para a realização da “avaliação pré-operacional” no bloco FZA-M-59, na Foz do Amazonas, uma das bacias da Margem Equatorial. A avaliação servirá de teste para o plano de emergência da estatal e é uma das etapas para o licenciamento ambiental.

Na carta, o gerente-executivo de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Flaubert Matos Machado, cobra que o Ibama se manifeste para que a estatal inicie os preparativos para carregamento e deslocamento da sonda de perfuração.

O executivo também informou que a Petrobras fez um “simulado operacional interno” nos dias 6 e 8 de maio. “Gostaríamos de destacar que o resultado do exercício comprovou que os planos supracitados são exequíveis e atenderam os tempos de resposta do Manual de Boas Práticas de Atendimento à Fauna do Ibama”, disse.

A estatal tem pressa porque o contrato da sonda licenciada para realizar a atividade vence em outubro. Caso o Ibama demore para permitir a realização da avaliação, a Petrobras precisaria encontrar uma nova sonda e licenciá-la, o que atrasaria ainda mais a perfuração. A direção da estatal disse aguardar uma resposta “nos próximos dias”.

Segundo a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, caso a sonda esteja em operação quando o contrato vencer, ela permanecerá em atividade até a conclusão da perfuração.

“Sobre a Margem Equatorial, já atendemos todos os requisitos do Ibama, já foi entregue tudo do último centro de despetrolização, e agora estamos aguardando o Ibama, há 40 dias já, para verificar se está tudo certo”, disse em conferência com analistas nesta terça-feira (13).

O primeiro poço na bacia da Foz do Amazonas está previsto para este ano. A Petrobras planeja ainda outros 15 poços nos próximos cinco anos em outras bacias da Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Ao todo, a estatal pretende investir US$ 3 bilhões na região.

“A última exigência foi atendida no fim de março. Foi esse novo centro de despetrolização da fauna no Oiapoque [AP] e já fizemos o exercício pré-operacional dessa base”, disse a presidente da companhia, Magda Chambriard.

Leia a íntegra da carta enviada ao Ibama neste link.

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