Petrobras conclui em julho gasoduto Rota 3, para escoar gás do pré-sal, diz diretor da estatal

Fernanda Nunes, para a Agência iNFRA

A Petrobras vai concluir no início de julho deste ano a instalação do gasoduto Rota 3, que interliga o pré-sal da Bacia de Santos ao Gaslub, ex-Comperj (complexo petroquímico), localizado no município de Itaboraí (RJ). Num primeiro momento, serão realizados testes na infraestrutura. A operação, de fato, vai começar no mês seguinte, em agosto. 

A informação foi dada pelo diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação da Petrobras, Carlos Travassos, em Houston, na Offshore Technology Conference, nesta quarta-feira (8).

Com o gasoduto funcionando, entrará em operação também a UPGN (Unidade de Processamento de Gás Natural), a principal unidade do Gaslub.

“Há dois anos estabelecemos a data de agosto de 2024 para iniciar (a operação) e essa data está mantida. Brevemente, vamos fazer uma operação de gás reverso, vamos colocar gás na unidade (primeiro teste). Estive lá há alguns dias, a obra está a pleno vapor, com quase 3 mil pessoas no canteiro”, afirmou Travassos.

Sem o Rota 3, a exportação e o aproveitamento do gás dos campos do pré-sal em terra ficam limitados. Até agora, a solução encontrada pela estatal e por outras petrolíferas para contornar a falta de infraestrutura tem sido injetar o insumo de volta no subsolo marinho, o que compromete o programa do governo Gás para Empregar, que prevê a ampliação da oferta no mercado interno para baratear o produto. 

As obras no Comperj, que incluíam o processamento do gás, haviam sido paralisadas em 2015, gerando impacto na economia local e representando uma virada estratégica da companhia de redução dos seus negócios de produção de combustíveis. 

Agora, em sentido oposto, a empresa pretende avançar na área, principalmente, no processamento de petróleo e gás, além de insumos vegetais, para gerar combustíveis mais limpos, com menos carbono.

No próximo dia 28, a empresa ainda receberá as propostas para a instalação de um trecho remanescente de oleodutos e de conversão adutora. O edital inclui o fornecimento de bens e serviços para a elaboração do projeto executivo, a construção civil, montagem eletromecânica e comissionamento. 

Na mesma região, a estatal mantém também um projeto de refino, com três unidades de HCC (Hidrocraqueamento Catalítico), uma unidade HDT (Hidrotratamento), e outra de HIDW (Desparafinação por Isomerização por Hidrogênio). Na refinaria, serão produzidos óleos lubrificantes do tipo dois, óleo diesel S-10 e querosene de aviação de baixo teor de enxofre.

O edital para contratar os fornecedores para a construção da refinaria foi lançado pela Petrobras neste mês.

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