Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
O diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse que, no curto prazo, a companhia não espera aumentar importações de diesel por ter estoques necessários para manter a estabilidade no período de safra, quando o consumo do combustível aumenta. Segundo ele, o aumento da produção da empresa tem ajudado a suprir a demanda maior.
“Estamos em uma faixa adequada para o estoque e não vislumbramos necessidade de aumento substancial de importação. Estamos aumentando o FUT [fator de utilização das refinarias], o que é muito bom para o processamento e monetização do petróleo no Brasil”. A meta da companhia é chegar a um FUT médio de 94%, o que é considerado alto.
Sem risco com sanções
A Petrobras não importa diesel russo e traz a maior parte dos volumes importados de derivados dos Estados Unidos. Ainda assim, de maneira geral, Schlosser descartou risco de desabastecimento em caso de sanções americanas a países que compram produto com essa origem, caso do Brasil, onde há pelo menos três anos, o diesel russo domina as importações. Historicamente, o país importa entre 25% e 30% do que consome.
“O que temos de importação, em que pese ter valor razoável no Brasil, não é significativo em termos de fluxos internacionais. Se houver sanção ao diesel russo, há capacidade, por parte das distribuidoras comprometidas com seus clientes, de buscar o volume necessário no mercado. Diesel do próprio Golfo do México (EUA), do Golfo Pérsico (Oriente Médio). Há disponibilidade [de oferta] bastante significativa, também na África”, diz.
“O que imaginamos é que haveria alteração de fluxos e, do ponto de vista global, não seriam tão materias, de forma que daria para fazer a compensação”, completa.








