24/11/2025 | 14h21

Queda do petróleo tem repasse limitado ao consumidor, diz levantamentos

Foto: Marcelo Camargo/Agencia Brasil

da Agência iNFRA

Mesmo com a queda do preço internacional do petróleo ao longo de 2025, os valores pagos pelos consumidores brasileiros por gasolina e gás de cozinha seguem praticamente estáveis — e, no caso do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), até em alta. A conclusão aparece no Boletim de Preços dos Combustíveis nº 30 do Ineep (Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e em levantamento da Veloe/Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Entre janeiro e outubro, o preço da gasolina A nas refinarias caiu 21,3%. Ainda assim, o valor médio ao consumidor subiu de R$ 6,18 para R$ 6,20 no período. Segundo o Ineep, o descompasso é explicado pelo aumento de 31,3% na margem de distribuição e revenda, que passou de R$ 0,96 para R$ 1,26 por litro.

O GLP também teve queda no Preço de Paridade de Importação, que recuou 6,6% em outubro. Mesmo assim, os preços seguiam em trajetória de alta, alcançando o maior patamar em cinco anos, movimento igualmente impulsionado pelo aumento da margem das distribuidoras, que avançou 8,3% desde janeiro.

O boletim do Ineep avalia que essa conjuntura reduz pressões inflacionárias, mas pode fragilizar as receitas da Petrobras, exigindo salvaguardas para manter investimentos estratégicos em refino, biocombustíveis e transição energética.

Já o levantamento da Veloe/Fipe mostra que o corte de R$ 0,14 por litro anunciado pela Petrobras no fim de outubro resultou em um recuo de apenas R$ 0,04 nas bombas entre a segunda semana de outubro e a segunda de novembro, com o preço médio nacional passando de R$ 6,31 para R$ 6,27. Nas capitais, a queda foi semelhante, de R$ 6,35 para R$ 6,31.

As variações entre estados revelam uma dinâmica ainda mais desigual. O Rio Grande do Norte registrou a maior redução (–R$ 0,22), seguido por Bahia (–R$ 0,12), Distrito Federal e Acre (–R$ 0,09). Já Amapá (+R$ 0,11), Pará (+R$ 0,04) e Piauí (+R$ 0,02) tiveram alta. Estados como São Paulo, Paraná e Rio de Janeiro permaneceram praticamente estáveis.

Outros combustíveis acompanharam movimentos distintos: o etanol caiu R$ 0,01 na média nacional, enquanto o Diesel S-10 ficou estável, com oscilações regionais entre alta de R$ 0,08 em Pernambuco e queda de R$ 0,19 no Amapá.

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