da Agência iNFRA
A perda de água tratada segue como um dos principais entraves do saneamento básico no Brasil. Dados do Sinisa (Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico) mostram que 40,3% da água produzida no país não chega às torneiras, desperdiçada ao longo do sistema de distribuição.
O levantamento do Instituto Trata Brasil revela que, entre os 100 municípios mais populosos, 14 registraram perdas superiores a 50% em 2023. O ranking evidencia um grande potencial de melhoria operacional. A tabela abaixo lista os dez piores índices do país.
As maiores perdas se concentram nas regiões Norte e Nordeste. Entre as capitais, Maceió (71,73%), Belém (61,91%), Rio Branco (56,06%), Macapá (53,51%) e Salvador (54,47%) apresentam desperdícios críticos. No Centro-Oeste, Cuiabá também chama atenção, com 55,49% de água potável perdida.
O cenário reforça a desigualdade entre os sistemas avaliados: apenas 21 municípios têm perdas abaixo de 25%, enquanto outros 14 superam a marca dos 50%. Segundo especialistas, reduzir essas perdas aumentaria a oferta de água à população sem exigir novos mananciais.
Para enfrentar o problema, a Portaria 490/2021, do então Ministério do Desenvolvimento Regional, definiu metas nacionais para 2034: perdas máximas de 25% na distribuição e limite de 216 litros por ligação/dia.








