Leila Coimbra e Dimmi Amora, da Agência iNFRA
Depois de uma indefinição que durou 75 dias, o Ministério de Minas e Energia deve ter finalmente um secretário-executivo, o segundo cargo mais importante da pasta, atrás apenas do ministro. O ex-diretor da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), Efrain Cruz, deverá ser oficializado na vaga, confirmaram fontes do governo à Agência iNFRA.
Disputava com Efrain, nos últimos dias, Vitor Saback, diretor da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico). Tanto Efrain Cruz quanto Vitor Saback são apadrinhados pelo senador Davi Alcolumbre (União-AP) e foram indicados para o conselho de administração da Petrobras.
Pesou contra Saback o fato de não ser do setor de energia e já ter trabalhado com o ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Por ter participado do governo Bolsonaro, ele poderia ser vetado por integrantes do PT, assim como ocorreu com Bruno Eustáquio, que era o favorito para a vaga do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
O ministro insistiu no nome de Eustáquio para a secretaria-executiva o quanto pôde, mas não conseguiu vencer as barreiras políticas para a sua indicação.
A vacância do segundo cargo mais importante da pasta estava emperrando muitas pautas dos setores de energia e mineração, e causando inquietação nos agentes do mercado. Espera-se agora que a agenda comece a destravar. (Colaborou Marisa Wanzeller)