MME colocará em audiência pública edital de leilão exclusivo para térmicas no NE

Leila Coimbra, da Agência iNFRA

O ministério de Minas e Energia irá colocar nos próximos dias em audiência pública a minuta do edital de um leilão exclusivo para termelétricas a gás na região Nordeste do país. A expectativa é de contratação de 2 GW (gigawatts) no certame.

A possibilidade é de que o leilão seja marcado para o início de 2019, mas há quem defenda que ele ocorra ainda neste ano. Uma mudança ideológica radical de um futuro governo poderia inviabilizar a medida a partir de janeiro.

Os contra
A realização de uma licitação específica de energia de térmicas no Nordeste é um tema polêmico, que divide opiniões no setor elétrico. Há um grupo de executivos e integrantes do governo que acreditam que não existe tal necessidade.

Esse grupo argumenta que a iniciativa provocará aumentos nas tarifas e que as distribuidoras estão atualmente com sobras de energia. As necessidades energéticas seriam supridas por meio da importação via projetos de transmissão que foram leiloados recentemente.

A favor
Os que defendem o leilão afirmam que o Nordeste passa por uma fragilidade no suprimento energético. A única bacia hidrográfica da área, a do São Francisco, vive uma séria crise hídrica, e atualmente serve mais para o abastecimento da população do que para a geração de energia elétrica.

As principais fontes de geração local, a eólica e a solar, são intermitentes e voláteis, dizem. Além disso, o parque de geração térmica na região sofrerá mudanças drásticas no futuro próximo, com o fim dos contratos das usinas a diesel e também o risco de descontinuação de projetos que utilizam gás do PPT (Programa Prioritário de Termelétricas).

Sobre o abastecimento por meio transmissão, os favoráveis ao leilão apontam que os projetos de construção de linhões têm sofrido atrasos, e um problema técnico em uma linha poderá deixar toda a região sem fornecimento.

Dentro do governo, o principal defensor da licitação é o presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Reive Barros. O diretor-geral da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), André Pepitone, também defende a necessidade de térmicas na região para garantir a segurança energética.

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