Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
As mineradoras aumentaram o faturamento no Brasil em 7,5% no primeiro semestre de 2025, somando R$ 139,2 bilhões, em comparação ao valor alcançado no mesmo período do ano passado (R$ 129,5 bilhões), informou balanço divulgado nesta terça-feira (5) pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração).
Mesmo com a expansão de receita no setor, o mercado de minério de ferro teve queda no faturamento de 8,2% no acumulado dos primeiros seis meses do ano comparado ao primeiro semestre de 2024. O segmento respondeu por 52,8% do faturamento da mineração brasileira, que totalizou R$ 73,5 bilhões entre janeiro e junho deste ano.
De acordo com Ibram, o faturamento do segmento de minerais críticos alcançou R$ 21,6 bilhões nos primeiros seis meses do ano.
Investimento e emprego
Na divulgação oficial do setor, o instituto reiterou que a estimativa de investimentos em projetos do setor para o período de 2025-2029 é de US$ 68,4 bilhões. A previsão é de US$ 18,45 bilhões até 2029 para minerais críticos.
Ao todo, a mineração no Brasil responde por 226 mil empregos diretos. Foram geradas 5.085 novas vagas de janeiro a junho de 2025, segundo o Ibram. A arrecadação total de impostos e tributos pelo setor também contou com aumento da ordem de 7,5%, totalizando R$ 48 bilhões. Somente em pagamento de royalties (a Cfem), o valor recolhido foi de R$ 3,7 bilhões no mesmo período.
Entre os estados mineradores, Minas Gerais, Pará e Bahia lideram em volume de faturamento no primeiro semestre, com participações de 39,7%, 34,6% e 4,8%, respectivamente.
Saldo comercial
O setor mineral brasileiro exportou 192,5 milhões de toneladas de produtos minerais no primeiro semestre deste ano, alta de 3,7% frente ao volume dos primeiros seis meses do ano passado. As exportações do setor totalizaram US$ 20,1 bilhões, com queda de 6,5%. O minério de ferro respondeu por 63% das exportações.
Os minerais críticos totalizaram U$S 3,64 bilhões remessas ao exterior, relacionados a 3,58 milhões de toneladas.
Já as importações minerais caíram 5,3% em valor, para US$ 4,1 bilhões, e 2,2% em toneladas, totalizando 19,9 milhões de toneladas.
O saldo da balança comercial mineral brasileira, de US$ 16,01 bilhões, foi equivalente a 53% do saldo da balança comercial brasileira, de US$ 30,09 bilhões.








