Dimmi Amora, da Agência iNFRA
A sondagem Barômetro da Infraestrutura Brasileira, realizada pela Abidb (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base) e pela consultoria EY, aponta um menor otimismo dos agentes do setor privado em relação ao crescimento do país e aos investimentos no setor de infraestrutura no segundo semestre de 2019 em relação ao primeiro.
O levantamento é feito com 234 pesquisados e aponta que 48% avaliam um cenário favorável para a promoção dos investimentos no país nos próximos seis meses. No primeiro semestre, o levantamento encontrou 53% de respostas positivas. O número que cresceu foi de respostas mostrando um cenário desfavorável, de 18% para 24%. O cenário neutro ficou praticamente estável.
Esse número é um dos que mostram uma piora geral nas expectativas do setor em relação à primeira pesquisa desse tipo, que foi realizada no início deste ano. Os agentes do setor falam em piora nas expectativas de crescimento do país e também na de contratação de pessoal.
Energia perde a liderança
Houve uma mudança no levantamento em relação às áreas com maiores perspectivas de investimentos para o próximo ano. No primeiro semestre, a energia elétrica liderava o levantamento seguida de aeroportos e saneamento básico.
No levantamento realizado em setembro, o saneamento apareceu em primeiro, seguido da energia elétrica e depois o gás natural. No caso da energia elétrica, a queda na perspectiva de investimentos nos próximos seis meses foi de 10 pontos percentuais.
Nova concessões
Uma outra mudança de percepção foi em relação à expectativa por novas concessões e PPPs (parcerias público-privadas) para os próximos seis meses. A perspectiva de realização de investimentos pelo governo federal está 4 pontos percentuais menor que no início do ano. Já quanto a estados, essa expectativa subiu cinco pontos.
No entanto, as avaliações sobre o esforço de equipes de cada tipo de ente público e aproveitamento do potencial desse tipo de parceria melhorou em relação ao governo federal, mas está pior em relação a estados e municípios.
O levantamento mostrou pouca mudança em relação à percepção de risco jurídico e de qualidade da atuação dos órgãos de controle, ambos mal avaliados no levantamento.
Sobre a avaliação do atual governo na crise ambiental recente, a grande maioria respondeu que o problema é grave e que o governo demorou e deu resposta inadequada. O levantamento completo pode ser acessado neste link.