Leila Coimbra, da Agência iNFRA
Nos últimos dias, os rumores sobre uma possível troca do comando da pasta de Minas e Energia se intensificaram. O jornal Folha de S. Paulo noticiou, na última sexta (6), que o deputado federal e ex-ministro Fernando Coelho Filho (DEM-PE) seria o mais cotado para assumir o posto no lugar do almirante Bento Albuquerque.
Fontes do governo federal e do Congresso Nacional disseram, no entanto, que – se houver uma troca na cúpula do MME – a indicação partirá do Senado, e não da Câmara. Por isso, o mais provável é que um senador assuma a cadeira de ministro, e não um deputado, informaram. Marcos Rogério (DEM-RO) é o favorito.
Também chegaram a concorrer à vaga os senadores do MDB Eduardo Braga (AM) e Fernando Bezerra Coelho (PE), este último pai de Fernando Coelho Filho. Mas, como o MDB não deverá compor a base governista, esses dois parlamentares estão praticamente fora da disputa – apesar de Bezerra ser o líder do governo no Senado e um outro emedebista, Eduardo Gomes (TO), ser o líder do governo no Congresso.
Troca em 2020
Integrantes do Palácio do Planalto disseram que uma possível troca ministerial só deve ocorrer em 2020. Pode ser em janeiro, mas o mais provável é que seja em fevereiro ou até em março, quando as atividades do Congresso reiniciarem. Além do MME, outras pastas podem ter mudanças.
O ministro Bento sofre grande pressão política para deixar o cargo desde agosto, conforme vem noticiando a Agência iNFRA. Não só ele, mas também outros ministros tiveram suas cadeiras cobiçadas por políticos. Mas o presidente Jair Bolsonaro sempre teve forte resistência a fazer mudanças na Esplanada dos Ministérios para compor politicamente com o Legislativo.
Saída do PSL
Só que Bolsonaro terá que negociar com o Centrão (DEM, PP, PR, PRB, PTB) se quiser aprovar projetos de interesse do governo no próximo ano. Isso porque, com a recente saída da família Bolsonaro do PSL, e a criação do novo partido, o Aliança pelo Brasil, o governo diminuiu ainda mais a sua pequena base de apoio no Congresso.
Por isso os parlamentares apostam que, desta vez, Bolsonaro terá que ceder a indicações políticas. Mas estão prevendo certa resistência por parte do capitão, mesmo assim.