Norte tem picos de geração hidrelétrica e produção eólica no Nordeste recua

Antônio Carlos Sil, para a Agência iNFRA

Desde a segunda quinzena de dezembro as boas afluências na região Norte têm propiciado o aumento da produção de energia das hidrelétricas da região – entre as quais Belo Monte, Jirau, Tucuruí e Santo Antônio – elevando a geração acima dos 15 mil megawatts médios (MWmed), com picos de até 16.400 MWmed, como o que vem sendo registrado nesta semana, pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). Destaque para as usinas Belo Monte, que teve entrega de 9.624 MWmed e Tucuruí, com 5.275 MWmed

Esse quadro de hidraulicidade positiva vem permitindo reduzir o volume de energia entregue pelas usinas térmicas do Norte. A oferta das termelétricas locais vem caindo gradativamente, de 3.115 MWmed em 1º de dezembro para 849 MWméd nesta semana, flutuando, desde o dia 20 dezembro, numa faixa abaixo 1.000 MWmed.
 
Com isso, como a carga na região Norte no momento gira por volta 6.000 MWmed, a energia excedente pode ser exportada para os demais subsistemas do SIN (Sistema Interligado Nacional).
 
Fim da safra eólica
Em contrapartida, a região Nordeste vive um momento de queda da produção eólica que, segundo o ONS, é natural para essa época do ano, em razão do fim da chamada “safra dos ventos”. De um pico de 9.692 MWmed verificado em 5 de dezembro último, por exemplo, a fonte entrega agora por volta de 4.634 MWmed.
 
Bahia
Sobre o quadro geral do sistema elétrico do Nordeste frente à situação de emergência que acontece na Bahia, o ONS informou à Agência iNFRA que está monitorando as afluências nas últimas semanas no subsistema e até o momento não registrou ocorrência relevante na rede básica de operação.
 
“Vale destacar que a redução da geração da região é reflexo do fim do período conhecido como safra dos ventos e sem vínculos diretos com as chuvas do Sul da Bahia”, assinalou o órgão.
 
Também consultada pela Agência iNFRA, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou que segue atenta às barragens do setor elétrico, com foco na Bahia e também em Minas Gerais. “Até o momento, não se identificou nenhum incidente que represente risco às estruturas civis das usinas hidrelétricas”, afirmou o órgão regulador. A agência ressaltou que a equipe de fiscalização monitora continuamente a segurança das barragens no País por meio de campanhas regulares junto às usinas.

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