da Agência iNFRA
A dragagem no canal do Itajaí-Açu foi retomada, na última sexta-feira (8), após um acordo entre a SPI (Superintendência Portuária de Itajaí), o Ministério de Portos e Aeroportos, a empresa holandesa Van Oord, a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) e o terminal Portonave. O processo de dragagem visa garantir a profundidade de 14 metros, essencial para a navegabilidade do rio.
Inicialmente, a Van Oord utilizará equipamentos disponíveis na região, mas, em breve, empregará uma draga de sucção tipo Hopper, mais robusta, para melhorar a eficiência do trabalho.
A dragagem ficou interrompida por meses porque houve uma tentativa de mudança da empresa contratada e atrasos nos pagamentos. O diretor-geral da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), Eduardo Nery, chegou a fazer críticas públicas à paralisação do contrato do serviço pela autoridade portuária local.
O terminal Portonave se comprometeu a resolver pendências de pagamento relacionadas aos serviços de dragagem prestados pela Van Oord, efetuando os pagamentos de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro de 2025. Em contrapartida, a SPI poderá descontar esses valores de futuras cobranças pela utilização da infraestrutura portuária, a serem realizadas ao longo de 12 meses, a partir de março de 2025.
O superintendente do Porto de Itajaí, Fábio Veiga, destacou que as últimas semanas foram positivas para o porto, com a retomada da dragagem e a conclusão de acordos importantes, como a regularização do terminal de contêineres da JBS.
Com a mudança de governo nas secretarias, coordenadorias, fundações e autarquias, as equipes de transição estão se reunindo de forma pacífica, com o objetivo de assegurar uma transição eficiente para a nova gestão da autoridade portuária, que assumirá em 1º de janeiro de 2025.
“Aqui na superintendência está ocorrendo um excelente entendimento entre a nossa equipe e os integrantes de transição do futuro governo. Acima de tudo, é importante dizer que o Porto de Itajaí, nos últimos anos, apesar da crise, onde muitas vezes sentimos críticas severas, e até, em certos pontos, injustas, em momento algum deixamos de ser transparentes, sempre a fim de dialogar com todos os setores da sociedade”, afirmou Fábio Veiga.