A&M Infra adquire plataforma de monitoramento do mercado de óleo e gás da Gas Energy

Dimmi Amora, da Agência iNFRA

A A&M Infra anuncia hoje (3) a aquisição da Ignis, plataforma da Gas Energy de mapeamento de todo o setor de óleo e gás. A aquisição, segundo as duas companhias, visa atender a um mercado que será crescente no país, com as indicações de que a produção de gás deverá dobrar no país nos próximos anos somente com projetos já em desenvolvimento.
 
“O que a gente faz aqui é um é uma incorporação de uma ferramenta com um olhar estratégico de que vai gerar uma eminência maior dentro do mercado de gás e biometano”, afirmou Marcos Ganut, head da A&M Infra, à Agência iNFRA. “A ideia é dar saltos maiores, com nossa maior capacidade de investimentos, nessa plataforma”.
 
A A&M Infra é o braço da A&M (Alvarez & Marsal), consultoria internacional de negócios que se instalou no país nos anos 2000. Já a Gas Energy atua no mercado nacional desde os anos 2000 e desenvolveu a plataforma Ignis há cerca de seis anos.  
 
Ganut afirmou que a intenção da A&M Infra é de que o produto possa servir para que o modelo seja replicado internacionalmente. De acordo com Rivaldo Moreira Neto, ex- CEO da Gas Energy e atual executivo da A&M, a Ignis tem o mapeamento de todas as áreas de produção de óleo e gás e suas infraestruturas de escoamento até o mercado final.
 
A ferramenta é capaz de planejar e desenhar estratégias para o mercado de gás natural, a partir de projeções de oferta, demanda, disponibilidade de infraestrutura e simulações de cenários customizados.
 
Biometano por município
A plataforma avançou ao longo do tempo e foi incorporando novos dados de outros produtos, como GLP, diesel, gasolina, etanol e, mais recentemente, o mapeamento completo, por município, de todo o potencial de produção de biometano.
 
Crescimento mesmo com entraves
Segundo a consultoria, o país deve passar de uma capacidade de produção de 53 milhões de metros cúbicos dia de gás natural no ano passado para a casa dos 90 milhões no início da próxima década, apenas com projetos já contratados. Com projetos potenciais, essa produção pode ser ainda maior. 
 
“É um ambiente inédito. Ainda que a Petrobras seja relevante, tem outros players importantes. A produção cresce com diversidade”, explicou.
 
Transição energética
Um dos motivos da aquisição, segundo Ganut, da A&M, tem relação com os modelos de transição energética das companhias, já que o gás é um substituto de combustíveis fósseis mais poluentes, como coque, carvão e diesel, por exemplo.

Já o biometano pode ser, ainda, solução para evitar deslocamento de diesel, alternativa à queima de lenha e descarbonização de segmentos industriais distantes de infraestrutura de suprimento de gás natural, lembra Ganut. 
 
“O mercado está aquecido com a entrada de grandes players que atuam na cadeia de fornecimento de petróleo e de agentes de gerenciamento de resíduos em busca de parcerias”, declarou.

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