Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) trabalha em modelos para fazer com que as rodovias federais tenha cobertura de sinal de 4G em toda a sua extensão. A informação foi dada pelo procurador-geral da agência, Rafael Fortunato, durante o Painel Telebrasil 2025, realizado nesta quarta-feira (3), em Brasília.
Segundo ele, o Brasil tem 32 mil quilômetros de rodovias sem conectividade. O Ministério dos Transportes já tinha determinado a adoção de um modelo para dar cobertura a toda a malha e, segundo ele, o trabalho está sendo feito nos novos contratos de concessão e com os que passam por acordo de repactuação, por exemplo. Uma das formas pensadas para acelerar esse processo é que as concessionárias construam antenas que possam ser compartilhadas com as provedoras.
Já no caso de rodovias sob administração do governo, Fortunato defendeu que será preciso buscar soluções inovadoras e que uma delas poderia ser a montagem de PPPs digitais nas rodovias, inclusive usando fundos públicos.
“Para essas rodovias, falando agora mais em termos de política pública, o Estado vai ter que primeiro buscar soluções inovadoras. E eu diria que uma delas pode ser a possibilidade de a gente criar ‘PPPs digitais’ com compartilhamento de infraestrutura. Eu vejo isso como uma grande possibilidade do setor”, disse o procurador.
O diretor da ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações), Alexandre Freire, defendeu no encontro que a conectividade é “espinha dorsal” do ecossistema de infraestrutura, passando por saneamento básico, energia, mas incluindo também produção de outras áreas.
“É impossível hoje pensar a conectividade que é voltada para atender todos esses setores, para atender toda a sociedade, sem promover um diálogo muito saudável, um diálogo muito rico [com outras instituições públicas, com as demais agências reguladoras]”, disse Freire citando como exemplo a conectividade em rodovias para automação de praças de pedágio.








