Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
O presidente da B3, Gilson Finkelsztain, defendeu nesta quarta-feira (22) que a bolsa de valores brasileira pode contribuir com as mineradoras, especialmente da categoria de junior companies, ajudando a levantar recursos no mercado de capitais.
“Esse é o grande papel da bolsa, da B3. A gente quer ser um parceiro estratégico, justamente colaborando não só em normas e regras, mas também oferecendo a infraestrutura para que esse mercado possa crescer, que os projetos de excelência tenham visibilidade, que a gente coloque a mineração brasileira no contexto cada vez mais de protagonista global e que possa trazer capital global para financiar o setor”, afirmou Finkelsztain, no Invest Mining Summit 2025.
As junior companies – ou junior mining – enfrentam maior dificuldade de obter financiamento para os projetos que estão na fase inicial de investimento, oferecendo maior risco ao investidor. A maior parte das iniciativas no segmento de minerais críticos, com demanda crescente para atender à transição energética e à indústria de alta tecnologia, enfrentam esse desafio.
Bolsas de valores em mercados de mineração mais maduros, como Canadá e Austrália, oferecem modelos mais sofisticados de financiamento pelo mercado de capitais. Finkelsztain afirma que a B3 pode avançar com iniciativas nesse sentido.
“A gente consegue reduzir custos, fortalecer todas as empresas e atuar obviamente também dentro do escopo de gestão de riscos, mitigação de riscos, que obviamente é um dos papéis das estruturas de mercado, das bolsas de valores e das bolsas de derivativos no mundo”, afirmou o presidente da B3, no evento. “Muitas empresas já são representadas na B3, mas há certamente um espaço enorme para a gente ampliar a participação”, acrescentou.








