da Agência iNFRA
As organizações que integram as forças-tarefa da Coinfra (Comissão de Infraestrutura e Transições Energéticas), da Organização Latino-Americana e do Caribe de Instituições Superiores de Controle, realizaram a segunda reunião para tratar dos desafios da transição energética na América Latina e no Caribe.
O tema do encontro foi “Transição Energética Justa e Inclusiva” e foi moderado pelo TCU (Tribunal de Contas da União).
O objetivo foi testar a aplicabilidade do Guia de Auditoria em Transição Energética da Coinfra na avaliação da dimensão social da transição energética, com ênfase em aspectos como justiça, equidade e inclusão.
Os debates destacaram os desafios enfrentados por diferentes países no enfrentamento das desigualdades territoriais e sociais que impactam diretamente a equidade do processo. Também foram apontados pontos fortes da metodologia proposta, além de sugestões para o seu aperfeiçoamento.
O analista de políticas da AIE, Matthieu Prin, apresentou o conceito de “Transições Energéticas Limpas Centradas nas Pessoas”. Destacou cinco pilares para a justiça e a inclusão nesse processo: 1) geração de empregos dignos, 2) desenvolvimento socioeconômico, 3) equidade, 4) inclusão social e 5) participação cidadã.
Ele ainda enfatizou que investimentos em energias limpas têm impulsionado a criação de empregos e podem promover o crescimento econômico, sobretudo em países em desenvolvimento.
No entanto, alertou que os altos custos de energia impactam de forma mais severa os lares de baixa renda. Para enfrentar o desafio, apresentou exemplos de políticas públicas bem-sucedidas na redução da pobreza energética e na promoção da equidade.