Conselheiro da Eletrobras nega composição com governo para destituir diretoria da empresa

Lais Carregosa, da Agência iNFRA

O conselheiro da Eletrobras, Marcelo Gasparino, negou que esteja tentando compor com o governo para viabilizar sua reeleição ao CA (Conselho de Administração) e destituir o atual presidente da companhia, Ivan Monteiro.
 
O suposto acordo incluiria o apoio da União a Gasparino e ao conselheiro Juca Abdalla para ocupar duas cadeiras no colegiado, de um total de 10. Em troca, os conselheiros votariam com a União, que passaria a contar com os dois minoritários e outros três membros indicados pelo governo, conforme termo de conciliação. Outra consequência do acordo seria a destituição de integrantes da diretoria. Gasparino nega.
 
A informação sobre essa articulação foi publicada pela “Folha de S.Paulo” nesta quinta-feira (24).
 
“Contribuí para a privatização da Eletrobras. Ela já está no caminho certo, sob a liderança de Ivan Monteiro, nosso CEO que teve seu mandato renovado por mais dois anos no dia 17/04/25. Quem está sendo prejudicada com essa construção de narrativas destrutivas, infelizmente, é a companhia”, afirmou Gasparino em nota.
 
Os acionistas da Eletrobras se reúnem na tarde da próxima terça-feira (29) para eleger o CA. Gasparino não foi indicado pela companhia para recondução e está concorrendo por fora a uma das sete vagas dos minoritários.
 
Seis das sete vagas destinadas aos acionistas privados são eleitas pelos detentores de ações ordinárias. A outra é reservada aos acionistas preferenciais.
 
A administração da Eletrobras indicou Carlos Ferreira, Vicente Falconi Campos, Ana Silvia Corso Matte, Daniel Alves Ferreira, Felipe Villela Dias e Marisete Dadald Pereira para as vagas de ações ordinárias. E Pedro Batista para a vaga dos preferencialistas.
 
Já os indicados pelo governo são: Maurício Tolmasquim, Silas Rondeau e Nelson Hubner.
 
Antes de votar a composição do Conselho, os acionistas devem deliberar sobre o acordo de conciliação celebrado entre Eletrobras e governo para adicionar mais uma cadeira da União no colegiado.

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