Nestor Rabello, da Agência iNFRA
Pelo menos três grupos que atuam no setor elétrico já avaliam participar do leilão de privatização da CEB (Companhia Energética de Brasília). Equatorial Energia, Energisa e Enel teriam interesse na distribuidora, segundo apurou a Agência iNFRA.
As companhias enxergam os ativos de distribuição da CEB como estratégicos, já que possuem serviços próximo ao Distrito Federal. A Enel já atua em distribuição em Goiás, enquanto a Energisa possui ampla atuação no Centro-Oeste, com operações em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, além de regiões próximas em Tocantins e em Minas Gerais.
Por sua vez, a Equatorial, com atuação em estados como Pará, Maranhão, Piauí e Alagoas, informou na última segunda-feira (28) que estuda potenciais aquisições para ampliar seu serviço de distribuições. Entre os empreendimentos, está a CEB.
“A companhia informa que engajou assessores para atuar no âmbito das avaliações dessas potenciais operações, incluindo o Banco Santander, que foi contratado para atuar como assessor financeiro da companhia nas análises envolvendo a participação nos leilões de aquisição da CEEE e da CEB”, disse a empresa, em fato relevante divulgado ao mercado.
Privatização
A movimentação dos agentes ocorre logo depois de a CEB ter informado, no sábado (26), que seu conselho de administração aprovou alienação de 100% de suas ações por meio de leilão, com preço mínimo de R$ 1,42 bilhão.
As avaliações econômico-financeiras da empresa foram elaboradas por consultorias contratadas pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O leilão de privatização será feito em sessão pública da B3, e ainda não tem data definida. A CEB marcou audiência pública para discutir o certame em 14 de outubro.
Outros certames
Duas das interessadas no leilão, a Energisa e a Equatorial, foram bem sucedidas em leilões recentes. Em 2018, o grupo Energisa arrematou a Eletroacre (Companhia de Eletricidade do Acre) e a Ceron (Centrais Elétricas de Rondônia).
Já a Equatorial levou as distribuidoras Cepisa (Companhia de Energia do Piauí) e Ceal (Companhia Energética de Alagoas). Esses empreendimentos faziam parte do grupo de seis distribuidoras que estavam sob designação da Eletrobras e foram vendidas.