Leila Coimbra, da Agência iNFRA*
Na reta final dos trabalhos, o grupo de trabalho de Minas e Energia da equipe de transição entregou um Raio X das áreas de mineração, energia elétrica e petróleo e gás para o futuro ministro da pasta, almirante Bento Lima Albuquerque Júnior.
Coutinho: três relatórios
Foram elaborados três diferentes relatórios, explicou o coordenador do grupo de trabalho de Minas e Energia do futuro governo, Paulo Coutinho: 1) um deles trata das medidas mais imediatas, que terão que ser tomadas nos dez primeiros dias de governo; 2) um outro estabelece cronogramas com objetivos para os seis primeiros meses, um ano e até quatro anos, quando chega ao fim o mandato de Jair Bolsonaro; 3) e um terceiro que é mais abrangente, e traz efetivamente o diagnóstico dos setores da pasta.
Setor foi ouvido
Segundo Coutinho, esse diagnóstico foi feito com base em conversas com os setores: executivos de associações, empresas, estatais e órgãos de governo, além de especialistas.
Dentre os principais problemas listados estão: o imbróglio causado pelo risco hidrológico (GSF), indenização às transmissoras por instalações da rede básica existente (RBSE), licenciamento ambiental e a subvenção do diesel para caminhoneiros. “São todos problemas para ontem”, diz Coutinho.
Viagem a Montevidéu
Coutinho falou sobre os trabalhos da equipe de transição durante viagem que fez junto com o ministro de Minas e Energia, Moreira Franco, e o diretor-geral da ANEEL, André Pepitone, ao Uruguai, na última quarta-feira (12).
Eles participaram da 48ª Reunião Ministerial da OLADE (Organização Latino-Americana de Energia), em Montevidéu, no Uruguai. O diretor da agência reguladora, Efraim Cruz, também participou do encontro, que contou com ainda com a presença de mais de 20 ministros de estado dos países pertencentes à OLADE.
Segundo o diretor-geral da ANEEL, os principais pontos discutidos na OLADE são a interligação energética da América do Sul, e também a descarbonização da matriz energética dos países sul-americanos com a geração de energia a partir de fontes renováveis.
“A OLADE não aponta uma fonte em especial, mas prioriza que cada país desenvolva o seu potencial”, disse Pepitone.