Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A Ansa (Araucária Nitrogenados S.A.), fábrica de fertilizantes da Petrobras no Paraná, entregou na semana passada o primeiro lote de Arla 32, solução aquosa de ureia utilizada em veículos a diesel para reduzir emissões do poluente óxido de nitrogênio (NOx). Trata-se da primeira entrega de um produto da Ansa ao mercado após a hibernação da planta, em 2020. Segundo a Petrobras, a partida da planta de ureia está prevista para os próximos dias.
Depois da aprovação do retorno das atividades operacionais, em junho de 2024, a fábrica passou por um conjunto de intervenções de manutenção, visando assegurar a integridade dos equipamentos e a adequação da planta para a retomada da produção.
O Arla 32 da Ansa está sendo produzido por meio de um contrato de industrialização por encomenda da Yara, empresa líder na produção de nitrogenados. Neste caso, a Yara é responsável pelo fornecimento da ureia e pela comercialização do produto final. Os testes e o início da produção começaram em junho deste ano e, pouco mais de dois meses depois, foi iniciada a produção firme.
“O setor de fertilizantes tem importância estratégica para a Petrobras. Estamos retomando os investimentos nesse segmento, a partir de estudos de viabilidade técnica e econômica, com o objetivo de ampliar nosso mercado de gás e contribuir para a redução da dependência da importação de fertilizantes no Brasil”, disse em nota o diretor de Processos Industriais da Petrobras, William França.
A Petrobras prevê investir R$ 6 bilhões no segmento de fertilizantes nos cinco anos até 2029, incluindo projetos em estudo. Desse total, R$ 870 milhões são voltados para a retomada das atividades da Ansa. Atualmente, a planta segue processo final de manutenção dos equipamentos para o início das atividades, embora já tenha iniciado a produção do Arla 32. Situada ao lado da Refinaria Getúlio Vargas (Repar), a Ansa tem capacidade de produção de 720 mil toneladas de ureia por ano, equivalente a 8% do mercado; 475 mil toneladas de amônia por ano; além de 450 mil m³ anuais de Arla 32.
As operações da Ansa, junto com outras que a Petrobras deseja retomar (Fafens da Bahia e Sergipe, além da UFN-3, no Mato Grosso do Sul), quando totalmente concluídas, atenderão a 35% da demanda nacional de ureia, além dos mercados de amônia e Arla 32.








