Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
O presidente Lula fez nesta sexta-feira (4) uma forte cobrança aos setores de distribuição e varejo de combustíveis pelo repasse das reduções dos preços praticados pela Petrobras nas refinarias às bombas dos postos de abastecimento. Lula falou durante evento para o anúncio de um pacote de R$ 33 bilhões de investimentos em refino no Rio de Janeiro, na Reduc (Refinaria Duque de Caxias).
Isso representa uma escalada da queixa, que vinha sendo tocada pelo MME (Ministério de Minas e Energia), por meio de ofícios a órgãos como o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) sobre práticas anticoncorrenciais.
“É preciso que os órgãos, que têm a função de fiscalizar, não permitam que nenhum posto desse país venda mais caro do que o preço no qual têm de vender. Muito menos o óleo diesel. Não é possível que anuncie tanto desconto no óleo diesel e ele não chegue ao consumidor”, afirmou Lula.
O presidente pediu maior fiscalização por parte não só do Cade, mas também da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, ligada ao Ministério da Justiça, Procons estaduais e Polícia Federal.
“Mesmo quando a Petrobras baixa, muitos postos de gasolina não reduzem. Em Brasília teve um posto que aumentou em 50 centavos (o litro do combustível). Não é possível que essa moça (Magda Chambriard, presidente da Petrobras) esteja fazendo um sacrifício extraordinário para reduzir 20 centavos no litro do óleo diesel, para reduzir 12 centavos na gasolina, e isso não chegue ao consumidor. Quem está pagando o pato é o consumidor”, continuou Lula.