Lycurgo decide deixar presidência da Eletronuclear. Diretor de administração é favorito para assumir cargo, dizem fontes

Geraldo Campos Jr. e Lais Carregosa, da Agência iNFRA

O presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, decidiu deixar o cargo após o término de seu mandato, que se encerrou em abril. O executivo deve continuar na presidência até o governo definir quem o substituirá, segundo fontes.

Há três nomes circulando no setor para a presidência da estatal: Carlos Henrique Silva Seixas, presidente da Nuclep (Nuclebrás Equipamentos Pesados S.A.); André Osório, chefe de gabinete de Lycurgo; e Sidnei Bispo, diretor de gestão administrativa da Eletronuclear.

Fontes da Agência iNFRA afirmam que Bispo é o favorito e que o executivo conta com o apoio do MME (Ministério de Minas e Energia). Os outros dois cotados têm o apoio do deputado federal Julio Lopes (PP-RJ).

Saída de Lycurgo
O desinteresse em continuar à frente da empresa foi comunicado por Lycurgo aos acionistas e ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, há alguns meses. Oficialmente, seu mandato se encerrou em 28 de abril. Ele estava no comando da Eletronuclear desde dezembro de 2023.

À Agência iNFRA, fontes relataram que, na visão de Lycurgo, ele teria cumprido a sua missão no cargo. A principal delas seria a retomada de Angra 3. O executivo esteve à frente da Eletronuclear durante a conclusão dos estudos do BNDES para destravar as obras da usina.

Contudo, o tema foi levado ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) em dezembro de 2024 e fevereiro deste ano. A decisão foi adiada duas vezes e, agora, com a celebração do acordo entre União e Eletrobras, o destino de Angra 3 depende de o governo encontrar um novo acionista para a Eletronuclear. O processo exigirá uma remodelagem dos estudos, disseram fontes.

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