Ministério dos Transportes quer incluir em concessões postos para abastecer caminhões com GNL

Sheyla Santos, da Agência iNFRA

O ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou na última terça-feira (19) que uma das tarefas da pasta será garantir em todo o território nacional postos de abastecimento para o GNL (Gás Natural Liquefeito) em caminhões, o que ele chamou de “Rede Azul”.

Para isso, o ministro informou que quer incentivar concessões de rodovias a instalarem esses equipamentos. E também usar recursos das tarifas de pedágio que estão reservados para utilização em transição energética e novas tecnologias.

“Isso vai permitir a ampliação da produção de caminhões a gás natural no Brasil e, certamente, colaborará para a redução de emissões”, afirmou durante o seminário “Descarbonização: Rumo à Mobilidade de Baixo Carbono no Brasil”, realizado pelo Grupo Esfera e o MBCB (Mobilidade de Baixo Carbono para o Brasil), na terça-feira (19), em Brasília (DF).

De acordo com Renan, o estímulo à frota de caminhões a gás natural liquefeito é o primeiro passo para reduzir emissões no transporte de veículos pesados. “Não adianta você garantir ao caminhão o tanque, mas não ter posto de combustível nos lugares. Isso tudo na nova rede de concessões nós estamos estimulando”, disse, acrescentando que o gás liquefeito tem especificidades.

O ministro relembrou que a pasta aprovou uma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que dispõe sobre o afastamento de eixos para que caminhões de grande porte possam implantar o tanque específico para o GNL e, assim, garantir uma maior autonomia para esses veículos. Reportagem da Agência iNFRA sobre o tema está neste link.

Agenda robusta
Renan salientou que o Ministério dos Transportes tem uma “agenda robusta e uma tarefa ampla na regulamentação legal de todo o processo de modernização e transição energética do país”. Além do estímulo ao GNL para caminhões, ele listou outras duas medidas nas quais a pasta tem trabalhado para a redução de emissões no setor de transportes: o aumento do biodiesel no diesel e o aumento do percentual de etanol na gasolina.

“A ampliação do etanol na gasolina tem sido defendida pelo Ministério dos Transportes, a ampliação de biocombustíveis no diesel, a fim de reduzir a importação de diesel refinado, [de] que o Brasil é importador. Então, aumentando a produção de biodiesel, a gente pode reduzir essa necessidade e, quem sabe, em breve, chegar a uma produção suficiente para o consumo doméstico”, disse.

Discussão internacional
Alinhado ao tema do encontro, que juntou representantes de empresas que defendem que o país não adira à rota de transição energética puramente elétrica para o setor de transportes e se utilize dos combustíveis alternativos já desenvolvidos no Brasil, Renan defendeu que o mundo deveria se abrir mais para o etanol.

Segundo ele, a matriz de energia limpa do Brasil é exemplo, traz benefícios para a sociedade e pode se adequar trazendo mais sustentabilidade. “Não é [uma indústria] tão nascente [no Brasil]. A gente já tem 85% da nossa frota que consome uma quantidade significativa de biocombustível”, pontuou.

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