da equipe da Agência iNFRA
Os principais desafios para que o Brasil possa acelerar o desenvolvimento de sua infraestrutura estiveram no centro dos debates do evento “Infraestrutura: caminhos para a transição sustentável”, promovido pelo MoveInfra em Brasília (DF).
Sinais de que o país começa a sair do fundo do poço em termos de investimento em infraestrutura foram apresentados pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, keynote speaker do evento. Mas também já começa a ficar nítido que o avanço dos projetos de infraestrutura vai gerar gargalos dos mais diferentes tipos.
Criado por seis empresas – CCR, EcoRodovias, Hidrovias do Brasil, Rumo, Santos Brasil e Ultracargo – que juntas têm contratados R$ 90 bilhões em projetos no Brasil nos próximos anos, o movimento levou autoridades e especialistas para apontar caminhos para desfazer as travas aos investimentos no setor.
Nos encontros, foram debatidos temas como a escassez de mão de obra, a necessidade de desenvolvimento da pauta ambiental, os desafios para o financiamento do setor e como tratar os contratos de parceria de longo prazo, entre outros temas.
“A gente vai continuar trabalhando em 2024 para construir soluções a muitas mãos para melhorar a infraestrutura brasileira. A infraestrutura bem investida e bem implementada significa também justiça social. São empregos gerados e um país que se torna mais competitivo”, lembrou o CEO da Rumo, Beto Abreu, no discurso de encerramento do encontro.
Ao longo dos debates, ficou clara a necessidade de se buscar formas competitivas de financiar o desenvolvimento da infraestrutura sem, contudo, abrir mão da austeridade fiscal ou gerar benefícios e subsídios exclusivos para algum setor.
Ampliar a participação feminina na infraestrutura também foi outra preocupação, e, por isso, o MoveInfra e a IWB (Infra Women Brazil) assinaram no encontro protocolo de intenção com o objetivo de promover maior participação de mulheres no setor de infraestrutura.
O desenvolvimento da infraestrutura significa mais que aumentar os investimentos. É a forma como o Brasil pode ser alçado ao patamar dos países de maior renda, melhorando sua competitividade. Em seu discurso de abertura, a CEO do MoveInfra, Natália Marcassa, destacou que a melhoria da produtividade nacional, estagnada há anos, passa necessariamente por uma infraestrutura maior.
“A produtividade do Brasil está estagnada. Sem aumento da qualificação, da produtividade e da mão de obra, muito provavelmente isso terá impacto no crescimento do país e no crescimento da infraestrutura”, lembrou a CEO.
A Agência iNFRA, parceira na produção e divulgação do evento, apresenta nesta e na próxima semana textos com as principais discussões do “Infraestrutura: caminhos para a transição sustentável”. O evento completo pode ser visto em nosso canal no YouTube, disponível neste link.