da Agência iNFRA
O ex-ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil e agora deputado federal Maurício Quintella (PR-AL) deu entrevistas ao fim da cerimônia de posse do novo ministro da pasta, Valter Casimiro, nesta segunda-feira (2), afirmando que seu partido seguirá unido e na base do governo, mesmo com as especulações de que o presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, estaria inclinado a apoiar a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) à Presidência. Segundo Quintella, em nenhum momento, houve essa conversa com a bancada que referendou a continuidade no governo ao apoiar o nome de Casimiro.
Sobre o nome indicado por ele para a ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), o advogado Daniel Menezes Silva, o ex-ministro afirmou ser uma indicação do “bloco moderador” do Senado, um grupo de senadores que tem entre seus integrantes o ex-presidente Fernando Collor (PTC-AL) e o senador Wellington Fagundes (PR-MT), entre outros.
Segundo Quintella, o mesmo grupo havia referendado o nome de Adalberto Tokarski, ex-diretor-geral da agência, para o cargo. Mas pediu a troca por Daniel Menezes. Tokarski foi preterido após um depoimento prestado por ele no ano passado sobre uma investigação do Ministério Público Federal sobre um suposto cartel operando na área de navegação de cabotagem ter vazado. No depoimento, ele afirmou que a empresa denunciante, a Posidônia Shipping, era prejudicada por ações de servidores da Agência.
Em nota oficial, o diretor-geral substituto, Mário Povia, defendeu as ações da agência afirmando que os normativos e fiscalizações realizadas sobre a empresa estão dentro da lei e que uma auditoria interna do ministério dos Transportes sobre o caso não apontou responsabilidade de qualquer servidor.