Marília Sena, da Agência iNFRA
O governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), informou que retomou as discussões sobre a construção da Ferroeste, uma ferrovia planejada para ligar Guarapuava (PR) a Maracaju (MS). No entanto, ele condicionou o avanço desse projeto à situação da Malha Sul – outra malha ferroviária importante na região, cujo futuro ainda está em debate.
“Estamos numa construção com o Ministério dos Transportes sobre a Malha Sul. Está sendo rediscutido se haverá a renovação da concessão atual ou uma nova licitação”, explicou o governador. “Assim que o ministério resolver essa questão jurídica, teremos um avanço”, declarou após a cerimônia de assinatura de contratos de concessão dos lotes 3 e 6 das rodovias do Paraná, no Palácio do Planalto, na segunda-feira (28).
A Malha Sul está em poder da Rumo que pediu pela renovação do contrato da ferrovia por mais 30 anos. No entanto, a empresa só quer operar uma parte da ferrovia, hoje concessionada, e pretende devolver o restante. No entanto, o governo avalia outras soluções para essa malha.
Ratinho Júnior estimou que, com a implantação da Ferroeste, seria possível transportar até 80 milhões de toneladas de cargas por ano. A ferrovia, sob concessão estadual, poderá se estender até o Porto de Paranaguá, ampliando a capacidade logística do Paraná.
Além disso, o governador destacou que o projeto do Moegão – estrutura logística para descarga de trens no Porto de Paranaguá – deve ser concluído até dezembro deste ano. A meta é equilibrar o escoamento de cargas, dividindo igualmente entre ferrovia e rodovia: 50% por cada modal. Com isso, o volume movimentado pode chegar a 70 milhões de toneladas anuais, segundo estimativas do governo estadual.