Reajuste tarifário da Light fica de fora da pauta da próxima reunião da ANEEL

Geraldo Campos Jr. e Marisa Wanzeller, da Agência iNFRA

O RTA (Reajuste Tarifário Anual) da Light não entrou na pauta da próxima reunião da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), marcada para a próxima terça-feira (18). O processo está sob vista do diretor Ricardo Tili, que indicou necessidade de entender melhor os cálculos sobre o diferimento solicitado pela empresa nas tarifas. “Ainda estou formando meu convencimento”, disse Tili à Agência iNFRA.

Na última reunião da diretoria, na terça-feira (11), o relator original do processo, diretor Fernando Mosna, propôs um diferimento integral de R$ 1,6 bilhão, o que levaria a um reajuste médio de redução de 0,6%. Na ocasião, a diretora substituta Ludimila Lima pediu vista de mesa.

Ludimila apresentou voto-vista no mesmo dia para conceder um diferimento parcial de R$ 893,2 milhões, metade do valor integral proposto pelo relator, o que resultaria em um efeito médio de redução de 5,76% aos consumidores. Sem consenso, o diretor Ricardo Tili pediu vista do processo. 

A indicação da área técnica era de que houvesse uma redução média de 11,96% nas tarifas dos consumidores da concessão. O maior impacto se deu pelo fim do contrato da empresa com a termelétrica Norte Fluminense. 

O que está em jogo
A distribuidora apresentou pleito para que as tarifas atuais sejam mantidas neste RTA, com o excedente a ser cobrado sendo computado no diferimento em 2026. A empresa argumenta que assim é possível evitar volatilidade na tarifa, uma vez que há o indicativo prévio de um aumento da ordem de 9,9% para 2026.

O pedido da Light foi baseado em um entendimento anterior da ANEEL, que concedeu diferimento no reajuste da Copel em junho de 2024 justamente para evitar alta volatilidade nas tarifas.

As tarifas vigentes para a Light expiram neste sábado, dia 15 de março. Segundo técnicos da agência, sem deliberação do reajuste até lá, elas serão prorrogadas automaticamente, até que se chegue a um consenso.

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