Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, avalia que o governo brasileiro conseguirá avançar no diálogo com a administração de Donald Trump sobre o “tarifaço” imposto ao Brasil e na eventual colaboração entre os dois países sobre a exploração de minerais críticos.
Logo após a reunião do CNPM (Conselho Nacional de Política Mineral), o ministro disse a jornalistas que é preciso avaliar “quais as convergências de interesses, entre o que nós temos de potenciais minerais e o capital americano, para explorar esses minerais respeitando a soberania nacional”.
Silveira frisou que as resoluções aprovadas pelo CNPM abordam a preocupação de “desenvolver a cadeia” de produção dos minerais no Brasil. Para ele, o país precisa defender a posição de não ser apenas “exportador de commodities”, mas “manufaturar ao máximo” os recursos minerais.
Entre as decisões do CNPM está a proposta de criar um GT (Grupo de Trabalho) para tratar da política para minerais críticos e estratégicos, com enfoque justamente em desenvolver a cadeia de valor dos minerais críticos e estratégicos, estimulando o beneficiamento e a industrialização no Brasil.
Em paralelo às discussões no governo, tramita no Congresso uma proposta para o setor com o PL (Projeto de Lei) 2.780/2024, do deputado Zé Silva (Solidariedade-MG). O projeto é relatado pelo deputado federal Arnaldo Jardim (Cidadania-SP), que já apresentou o esboço do parecer final.
Silveira disse que já pediu reunião com Jardim para “buscar o máximo de convergência entre a visão do Executivo e do relator” e avançar com a tramitação do projeto.








