Gabriel Vasconcelos, da Agência iNFRA
A Petrobras concluiu nesta quarta-feira (27) o simulado de emergência junto ao Ibama, a chamada APO (Avaliação Pré-Operacional) com sonda, na área em que pretende perfurar o primeiro poço exploratório da campanha a 170 quilômetros da costa do Amapá, dentro da Margem Equatorial. Segundo fontes da companhia, as equipes saíram “satisfeitas” ao término do procedimento. Trata-se da última etapa antes da emissão da licença ambiental para perfurar na Bacia da Foz do Amazonas, uma das cinco que formam a Margem Equatorial.
A APO começou no fim da tarde de domingo (24), durando, pouco menos de 72 horas, portanto. “Mais de 400 pessoas foram envolvidas nos quatro dias de realização do exercício. A estrutura da APO contou com a sonda posicionada na localização do poço, o Centro de Fauna construído em Oiapoque, seis embarcações de contenção e recolhimento de óleo, seis embarcações para monitoramento, resgate e atendimento à fauna e três aeronaves”, informou a Petrobras em nota.
“A Petrobras aguarda a manifestação do Ibama sobre os próximos passos”, continua a empresa. O processo, agora, está nas mãos do Ibama.
Em suas últimas falas públicas, a diretora de Exploração e Produção da Petrobras, Sylvia dos Anjos, têm dito esperar uma resposta rápida do Ibama, nos dias subsequentes ao exercício, na linha do que aconteceu na última APO da Petrobras na Bacia Potiguar, no Mar do Rio Grande do Norte.
Dentro do Ibama, no entanto, considera-se que são processos bem distintos: enquanto já existe ampla atividade na Bacia Potiguar, a Foz do Amazonas ainda é pouco conhecida e teria maior proximidade com ecossistemas mais frágeis, demandando, portanto, análise mais criteriosa. A resposta da autarquia ambiental ao teste no Amapá poderia, portanto, levar mais tempo.








