02/10/2025 | 18h03  •  Atualização: 03/10/2025 | 12h12

Cantareira entra em restrição após queda no volume de reservatórios

Foto: Daniel Cardim/ANA

da Agência iNFRA

O Sistema Cantareira, principal manancial de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo, passou a operar na quarta-feira (1º) na Faixa de Restrição, após registrar níveis inferiores a 30% de seu volume útil em setembro. Essa condição não ocorria desde janeiro de 2022.

De acordo com a ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico) e a SP Águas (Agência de Águas do Estado de São Paulo), no dia 30 de setembro o Cantareira registrava apenas 28,31% de armazenamento. Com a mudança de faixa, a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) poderá retirar até 23 m³/s de água, em vez dos 27 m³/s autorizados no mês anterior, quando o sistema operava em Faixa de Alerta.

Medidas emergenciais
Para reduzir os impactos da restrição, a ANA, a SP Águas, o Instituto Mineiro de Gestão das Águas e o Instituto Estadual do Ambiente autorizaram a captação suplementar de água do reservatório da usina hidrelétrica Jaguari (bacia do rio Paraíba do Sul) para o reservatório Atibainha, integrante do Cantareira.

A medida vale até 31 de dezembro e poderá ser suspensa caso o sistema ultrapasse 60% do volume útil. A vazão média liberada é de até 7,6 m³/s.

Regras de operação
A entrada na Faixa de Restrição segue parâmetros da Resolução Conjunta ANA/DAEE nº 925/2017, elaborada após a crise hídrica de 2014 e 2015. A norma estabelece limites de retirada de acordo com o nível dos reservatórios, garantindo previsibilidade na operação e maior segurança hídrica tanto para a Região Metropolitana de São Paulo quanto para as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).

Importância estratégica
O Cantareira é responsável pelo abastecimento de quase metade da população da Grande São Paulo, com uma vazão de 33 m³/s quando em Faixa Normal. Formado pelos reservatórios Jaguari, Jacareí, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro, o sistema é interligado por túneis e canais subterrâneos. Embora situado inteiramente em território paulista, recebe água das bacias PCJ e do Alto Tietê, o que torna sua gestão compartilhada entre a ANA e a SP Águas.

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