da Agência iNFRA
A produção de bioquerosene para a aviação por meio de resíduos do setor sucroenergético é a rota mais promissora para a produção de combustível limpo para o setor aéreo, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.
De acordo com ele, o país tem condições de produzir nove bilhões de litros ao ano, o que supera em mais de 20% a demanda nacional. A declaração foi dada nesta sexta-feira (12) durante a participação dele, ao lado do vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, na inauguração de uma nova usina de etanol em Iporá (GO), do grupo Nardini Industrial.
A indústria aeronáutica assumiu o compromisso de encerrar as emissões de carbono até 2050, mas ainda não há uma escolha por qual tipo de combustível será usado. O bioquerosene é um dos que estão sendo avaliados.
De acordo com o ministro, com o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, que a pasta já encaminhou à Casa Civil para análise, haverá um marco legal para que seja usado todo potencial desse tipo de combustível no país, com a inauguração de novas plantas para essa produção.
Silveira lembrou ainda que o governo suspendeu todas as mudanças em curso para enfraquecer o RenovaBio, para dar maior competitividade aos biocombustíveis, com a manutenção do diferencial tributário para a cadeia.
“O etanol hoje contribui para que o Brasil tenha uma descarbonização barata e competitiva. Um veículo híbrido flex, usando etanol, tem menos emissões no ciclo de vida do combustível do que um veículo elétrico rodando na Europa”, disse Silveira.