“Brasil é o único lugar do mundo em que etanol e biodiesel são auditados quanto à pegada de carbono”, diz presidente da Unica ao falar de combustível de aviação

da Agência iNFRA

O Brasil tem vantagem competitiva “impressionante” na produção de SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e é o único lugar do mundo onde o etanol e o biodiesel “são auditados quanto à pegada de carbono”. A avaliação é de Evandro Gussi, presidente da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia), ao defender a produção brasileira.

“Se você pegar os EUA e Europa, eles usam proxies, são médias, aproximações [para avaliar a pegada de carbono do SAF]. Aqui, não. Com o Renovabio, toda usina é auditada para saber ao fim do dia quantos gramas de CO2 aquele etanol está emitindo”, disse.

A afirmação foi feita em entrevista após o lançamento, na última terça-feira (19), do estudo sobre “Trajetórias tecnológicas mais eficientes para a descarbonização da mobilidade”, produzido pela LCA Consultores e MTempo Capital, durante o evento “Descarbonização, os caminhos para a mobilidade de baixo carbono para o Brasil”.

Mussi lembrou que, das sete rotas tecnológicas para produzir SAF – o combustível feito a partir de óleos vegetais que a aviação internacional definiu que começará a substituir o QAV (totalmente fóssil) a partir de 2027 obrigatoriamente –, as duas melhores são o etanol e o biodiesel. Por isso, segundo ele, há grande vantagem do Brasil nesse setor.

“Temos capacidade de produção e de incrementar a produção. O setor de cana-de-açúcar tem possibilidade, em dez anos, de duplicar a produtividade, com tecnologias que estão em prateleira”, afirmou o representante do setor.

Em entrevista à Agência iNFRA na edição da última terça-feira (19), o diretor-presidente da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), Tiago Pereira, afirmou que a agência está trabalhando para remover taxações regulatórias que estão sendo impostas nas regras internacionais que podem tornar o SAF brasileiro mais caro que o de outros países, dificultando ainda mais a transição para o combustível sustentável. 

Como o SAF é entre três e cinco vezes mais caro para ser produzido do que o QAV, uma taxação desse tipo poderia tornar o produto nacional menos competitivo e até elevar custos para o setor.

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