da Agência iNFRA
A CCEE (Câmara de Comercialização de Energia) implementou, nesta terça-feira (1º), um novo modelo de troca de informações entre agentes do setor a fim de simplificar as migrações para o mercado livre de energia. A novidade substitui as interações manuais entre a Câmara e as comercializadoras varejistas e reduz a possibilidade de erros e custos operacionais, segundo informou o órgão em nota.
A mudança havia sido determinada pela Resolução Normativa 1.110/2024 da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) e foi idealizada e proposta pela CCEE. Agora, o sistema permite “migrar o consumidor, acompanhar em tempo real dados de medição de consumo, editar cadastros, desligar varejistas, suspender fornecimento, retornar o cliente para o mercado regulado e trocar o representante do consumidor na CCEE, se necessário”, explica a Câmara.
De acordo com o presidente do Conselho de Administração da CCEE, Alexandre Ramos, a Câmara se prepara para os desafios do setor. Ele lembra que o mercado livre está em expansão, com média de 2,3 mil novos consumidores por mês em 2025. Dados da associação mostram que, de janeiro a maio, quase 12 mil consumidores migraram para o mercado livre – um crescimento de 33,3% na comparação com o mesmo período de 2024.
As unidades consumidoras no ACL (Ambiente de Contratação Livre) já somam 76.673, a maioria formada por pequenas e médias empresas (escritórios, padarias, farmácias e supermercados, por exemplo). E a CCEE também prevê um grande potencial de crescimento nos próximos anos, devido à MP (Medida Provisória) 1.300, que prevê a abertura gradual do mercado para a baixa tensão a partir de agosto do ano que vem, o que contemplaria as residências.