Concessões rodoviárias do Paraná taparam 17 mil buracos desde março

da Agência iNFRA

As duas novas concessões rodoviárias do Paraná, licitadas no ano passado e que iniciaram as operações neste ano, taparam quase 17 mil buracos nos pouco mais de mil quilômetros de rodovias que passaram a administrações privadas.

Os números foram apresentados num encontro entre representantes das empresas, do governo do Paraná e da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para apresentação dos primeiros resultados das duas concessões que iniciaram as operações no fim de fevereiro deste ano.

A Via Araucária assumiu o lote 1 das concessões do Paraná, com 473 quilômetros de extensão de rodovias na região metropolitana de Curitiba. O lote 2 foi assumido pela EPR Litoral Pioneiro, com 605 quilômetros de rodovias, no litoral, Campos Gerais e norte do estado.

Nos dois casos, parte dos trechos das concessões tinha operação privada até 2022, quando os contratos venceram e não foram renovados. A operação voltou ao poder público e houve deterioração generalizada das rodovias até o início das novas concessões.

Recuperação
De acordo com o balanço geral da EPR Litoral Pioneiros, de 11 de junho de 2024, foram realizados 5.607 mil atendimentos relacionados a socorro mecânico e 1.182 atendimentos de socorro médico. A EPR também realizou 1.442 atividades de conservação e 303 atendimentos a ocorrências com animais. Demais atendimentos operacionais contabilizam 18.824.

Entre os trabalhos iniciais, foi feita a recuperação de 39,4 km de pavimento, a manutenção de 33 unidades de OAE (Obras de Arte Especiais), a limpeza de drenagem de 289 caminhões e o reparo profundo de 2,8 km de vias. Mais de 6,9 mil buracos foram tapados e mais de 6 mil unidades de defensa foram instaladas.

A roçada foi feita em 5.569 km de rodovias e a recuperação de erosão ocorreu em 22 pontos. A sinalização horizontal foi colocada em 103,2 km e 396 unidades de sinalização vertical foram instaladas.

Segundo o boletim da Via Araucária, foram 5.129 socorros mecânicos e 841 socorros médicos, além de 540 atendimentos a ocorrências com animais e 122 ocorrências de incêndio. Os demais atendimentos somam 3.371. 

Com relação às obras, 374,9 km de rodovias foram restaurados e mais de 17 mil km receberam equipamentos de proteção e segurança. Mais de 38 mil tachas foram instaladas e mais de 53 mil metros receberam sinalização horizontal (pintura).

A roçada foi feita em 1.336 km e a limpeza de drenagem ocorreu em mais de 49 mil metros. Foram removidos 181 toneladas de resíduos e a recuperação de drenagem ocorreu em 2.646 metros. As operações também resultaram na recuperação de 20 pontos de erosão e mais de 9 mil buracos tapados.

Histórico ruim
O contrato dessas concessionárias, que assumiram trechos que já tinham praças para cobrança de pedágio de concessões anteriores, não tinham obrigações para que houvesse uma recuperação geral da via antes do início da cobrança desses pontos.

O diretor da ANTT Luciano Lourenço, que participou do encontro, destacou que a atitude das concessionárias de fazer a recuperação dos pontos mais críticos antes de iniciar a cobrança foi fundamental para reduzir a resistência política no estado contra os pedágios, especialmente pelo histórico ruim de concessões anteriores. E vai colaborar com os próximos leilões de quatro lotes rodoviários previstos no estado até 2026.

“Desde o início, a ANTT e os governos federal e do estado têm trabalhado para que houvesse uma melhor condição possível. O histórico de concessões no Paraná não é bom. Não tem uma história boa. Queremos mudar esse conceito, de pedágio para a concessão, de serviços prestados”, explicou o diretor.

Segundo o diretor, os usuários já percebem ao passar pelas rodovias que elas estão melhor sinalizadas, com melhor condição de pavimento e com uma prestação ao usuário, destacando os serviços médicos e de guincho.

Lourenço reconhece que ainda são enfrentados alguns problemas pontuais com as concessionárias, que estão sendo solucionados pelas empresas. No feriado de Carnaval, por exemplo, houve longas filas de carros nos pedágios e foi necessário abrir as cancelas para os usuários. Já no feriado seguinte, de Corpus Christi, as filas não tiveram repercussão.

Esclarecimento
Em nota, a EPR Litoral Pioneiro esclareceu que “as filas, citadas na matéria, ocorreram na Semana Santa e não no Carnaval. As filas foram registradas apenas num dos trechos da concessionária Via Araucária, que é responsável pela concessão na BR-277, sentido Ponta Grossa.” Adicionalmente, a EPR enfatizou que é responsável pelo trecho entre Curitiba e o Litoral da BR-277, onde “não houve problema no feriado da Semana Santa”.

*Reportagem atualizada às 10h27 de 24 de junho de 2024 para incluir o intertítulo “Esclarecimento”.

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