Sheyla Santos, da Agência iNFRA
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, disse nesta terça-feira (15) que o governo pretende pagar nesta quinta-feira (17) à concessionária Fraport, que opera o Aeroporto Salgado Filho, no Rio Grande do Sul, os recursos previstos para a reconstrução da unidade após as chuvas do início do ano. O crédito aprovado para isso é de R$ 425 milhões, dos quais R$ 49 milhões já foram reconhecidos pela agência reguladora.
“A gente espera liberar esse recurso no mais tardar até quinta-feira. Isso está tudo alinhado já com o Ministério da Fazenda”, afirmou após reunião na sede da Fazenda da qual participaram o ministro da pasta, Fernando Haddad, e o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron.
Na sexta-feira (18) será realizado um ato festivo em comemoração à retomada de 70% das operações no terminal, que reabrirá com voos na segunda-feira (21). O evento terá a presença de parlamentares e do ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta, que esteve à frente da Secretaria Especial do Rio Grande do Sul.
Segundo Costa Filho, a retomada dos 30% restantes das atividades do terminal está prevista para ocorrer até dezembro.
BNDES e aéreas
Costa Filho contou ainda que a reunião com Haddad tratou do plano de reestruturação das companhias aéreas por meio de recursos do FNAC (Fundo Nacional de Aviação Civil). Segundo ele, o Ministério de Portos e Aeroportos, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e o Tesouro Nacional vão se reunir na semana que vem, separadamente com cada uma das companhias a serem beneficiadas (Latam, Azul e Gol), para discutir como se dará a modelagem da operação de acesso ao crédito por meio do banco de fomento.
“Nós temos R$ 4 bilhões liberados”, disse o ministro. “A gente está discutindo o processo de garantias.”
“A gente vai sentar companhia com companhia, tendo em vista a realidade [de cada uma delas], a gente vai buscar a melhor modelagem, que pode se dar por recursos do FNAC e, no primeiro momento, algo em relação ao próprio FGE [Fundo de Garantia à Exportação]”, completou o ministro.