Rafael Bitencourt, da Agência iNFRA
O diretor-presidente do Ibram (Instituto Brasileiro de Mineração), Raul Jungmann, afirmou, durante encontro com demais entidades do setor, que o encontro das sete maiores economias do mundo (G7) realizado neste ano posicionou a mineração em novo patamar estratégico no cenário internacional.
“Quando as sete nações mais ricas do mundo concluíram a reunião do G7 em junho, em Toronto, no Canadá, com uma declaração sobre um programa de ação para assegurar suprimento de minerais críticos e estratégicos, isso coloca o setor no topo da geopolítica mundial”, disse Jungmann, conforme nota divulgada pelo instituto.
A declaração de Jungmann foi dada durante encontro do Fórum de Entidades do Setor Mineral, realizado nesta segunda-feira (27), na Exposibram, em Salvador (BA). O instituto informou que a reunião serviu para tratar da competitividade da indústria brasileira, oportunidades e desafios da política de mineração, a posição do Brasil como “player global” em minerais críticos e estratégicos e a situação da ANM (Agência Nacional de Mineração).
A reunião do Fórum contou com a participação de entidades como Adimb (Agência para o Desenvolvimento e Inovação do Setor Mineral Brasileiro), Anepac (Associação Nacional das Entidades de Produtores de Agregados para Construção), Abirochas (Associação Brasileira da Indústria de Rochas Ornamentais), ABPM (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa Mineral e Mineração), Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), ABCS (Associação Brasileira de Carbono Sustentável), IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Cetem (Centro de Tecnologia de Mineração) e Sindicato das Indústrias Extrativistas do Estado de Goiás.
O vice-presidente do Ibram, Fernando Silva, falou da importância do PL (Projeto de Lei) 2780/2024, que cria a política de minerais críticos e estratégicos. O projeto surgiu de proposta elaborada pelo instituto em parceria com o Cetem. Atualmente, o PL está sob a relatoria do deputado Arnaldo Jardim (Cidadania-SP).
G7
Em junho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou como convidado da sessão ampliada da Cúpula do G7, no Canadá. Ele aproveitou para passar recados sobre o posicionamento do Brasil na corrida por minerais críticos.
Naquela ocasião, o presidente afirmou que “é impossível discutir a transição energética sem falar deles e sem incluir o Brasil”, pois o país conta com “a maior reserva mundial de nióbio, a segunda de níquel, grafita e terras raras e a terceira de manganês e bauxita” e não está disposto a repetir “erros do passado”, com mero enfoque na atividade mineral de caráter extrativista. “O Brasil não vai se tornar palco de corridas predatórias e práticas excludentes. Países em desenvolvimento precisam participar de todas as etapas das cadeias globais de minerais estratégicos, incluindo seu beneficiamento”, ressaltou.







